Vídeo de cavalo vivo sendo jogado por retroescavadeira em caminhão gera revolta nas redes sociais

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BARRA DO PIRAÍ

Na manhã desta sexta-feira, 18, um vídeo de um cavalo sendo retirado de um local por uma retroescavadeira e sendo jogado em um caminhão, ainda com vida, gerou revolta em moradores da cidade e da região, nas redes sociais. Segundo informações, o equino seria o mesmo do acidente que o jornal A VOZ DA CIDADE publicou na última quinta-feira, 18, no qual um homem de 57 anos, faleceu após atropelar dois cavalos que estavam soltos no meio da pista, na Rua Prefeito Artur Costa, em Barra do Piraí.

Um dos moradores que estava presente na noite do acidente, informou ao jornal que após a tragédia, nenhum órgão responsável compareceu para avaliar a saúde e bem estar dos equinos que sofreram com o impacto. Ele informou ainda que, durante a madrugada, um dos cavalos não resistiu aos ferimentos e morreu, mas, na manhã desta sexta-feira,18, funcionários da Prefeitura de Barra do Piraí foram até o local visando desobstruir a via e retiraram o animal ainda com vida, com uma retroescavadeira para jogar em um caminhão. De acordo com ele, nenhum veterinário estava presente durante a remoção.

Já durante a tarde, uma moradora encontrou o cavalo jogado no lixão da cidade, sofrendo com a pata quebrada e urubus rondando. Ela levou uma veterinária ao local e lá foi feito processo de eutanásia para que o cavalo morresse sem sofrimento. A moradora arcou com os custos.

Sobre o caso, a prefeitura emitiu uma nota nas redes sociais, informando que foi aberto um inquérito para apurar possível conduta indevida de servidor que recolheu animal com vida. “A intenção é esclarecer todo o procedimento e por que o motorista da escavadeira não comunicou o secretário de Serviços Públicos, nem tampouco o Departamento do Bem-Estar Animal, antes de transportar o equino para outro local, sem a devida autorização dos setores técnicos do governo”, diz a nota da prefeitura.

Segundo o Poder Público, a remoção do cavalo foi uma operação à revelia e incorreta. “Segundo o relato do servidor que dirigia a máquina, ele teria agido por ordem da Polícia Militar – o que não justifica o erro brutal cometido. Ele terá o direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme prevê o estado democrático de direito. No entanto, caso seja constatada má conduta ou negligência de sua parte, ele sofrerá as sanções previstas em lei, que podem chegar, em última instância, à perda do posto efetivo de concursado”, conclui nota.

Reconhecidamente uma gestão que deu passos importantes no tocante à causa animal, com total respeito, a prefeitura lamenta ainda que a procedimento tenha se dado de forma incorreta, sem envolver veterinários, secretários, diretores e técnicos que, sem dúvidas, conduziriam a situação de outra maneira.

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