Vereadores pedem elaboração de estudo para verificar possibilidade de aumento dos salário dos servidores

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PIRAÍ

Os vereadores solicitaram à prefeitura que seja elaborado um estudo, em conjunto, de viabilidade técnica para aumento do salário dos servidores. Faltando poucos dias para o Dia do Trabalho, lembrando em 1º de maio, próxima terça-feira, o clima ainda é de incertezas a respeito do tema para os cerca de 2,3 mil servidores. A apresentação do estudo será no dia 7 de maio, quando outra reunião entre secretários e parlamentares será realizada. O objetivo é verificar a possibilidade de redução de despesas que possibilite uma brecha no orçamento da prefeitura para o aumento dos salários.

Em outra reunião realizada na última semana, os secretários de Administração, Paulo Maurício Carvalho de Souza, e a de Fazenda, Carmem Maria Coelho Barbosa Gomes, foram enfáticos ao afirmar que, a princípio, não há previsão de reajuste. A alegação é que houve queda na arrecadação do município. Outro argumento é que a folha de pagamento está próxima do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 54% da receita corrente líquida.

“Chegou a hora de cortar na carne. Não podemos, pelo terceiro ano consecutivo, deixar de dar pelo menos o índice da inflação para os servidores”, afirmou o vereador Wilden Vieira da Silva, o Prico (PSC). Em plenário, o vereador José Paulo Carvalho de Oliveira, o Russo (Avante), lamentou a falta de aumento para os funcionários. “Infelizmente, o orçamento não é capaz de proporcionar um aumento. Acho legal de cortar na carne, mas quero saber quem tem coragem de fazer isso. O Executivo vai ter coragem? Essa Casa vai ter coragem?”, questionou.

O vereador Alex Joaquim (PP) mencionou que esse é o terceiro ano sem aumento para os trabalhadores. Ele adiantou que não aceitará 2% ou 3%. Uma resposta imediata da administração é cobrada pelo vereador Darlei Gomes (MDB).  “Sempre uso dizer que quando vai aproximando essa data (1º de maio), inicia esse debate, que descarrega em cima desta Casa”, afirmou. “Precisamos ser mais justos, mais humanos. Trabalhei 12 anos na administração em Arrozal, e sei o que significa para aqueles homens ganhar o que eles ganham hoje. Não é só Arrozal, mas é no município. Fui parado por uns cinco ou seis, que foram perguntando se vai ter aumento, quanto será, e nós não conseguimos nunca ter uma resposta que satisfaça a eles. Uma coisa eu garanto, estão sendo muito mais exigido de todos eles, que estão trabalhando muito”, afirmou Darlei.

A valorização dos profissionais precisa ser revertida em forma de reajuste para o vereador Dr. Ricardo Passo (PSD). O presidente da Casa, Mário Hermínio (MDB) lembrou das ações tomadas pela Mesa Diretora nos últimos 16 meses. “Estamos aqui na nossa Casa fazendo o Plano de Cargos e Salários, que será concluído até setembro. Em agosto ou setembro teremos o concurso, o que nunca houve. Vou sentar com todos os vereadores para discutir salário e com o Ibam – Instituto Brasileiro de Administração Municipal, que está vindo fazer essa reparação. Muitas coisas serão cortadas na carne também aqui, com certeza. Acho difícil, não impossível, você fazer essas mudanças no estalo. Tem que realmente ser estudado, analisado cada item”, destacou Mário, que no final de 2017 devolveu aos cofres da prefeitura mais de R$ 405 mil da subvenção destinada ao Poder Legislativo.

ANTECIPANDO A DATA BASE

Ainda nas discussões em plenário, o vereador Prico indicou que a prefeitura elabore um projeto de lei antecipando em cinco meses a data-base dos servidores. Se a proposta for aceita, o reajuste passaria a vigorar no dia 1º de janeiro de cada ano. Segundo o vereador, de janeiro até maio, que é a atual data base, os servidores ganham abaixo do salário mínimo. O parlamentar também comentou sobre o retorno de três indicações de sua autoria que beneficiaria os servidores com cesta básica, vale refeição e reajuste de 10% no salário. “Infelizmente a resposta que recebi do Poder Executivo é que não há recurso para isso”, revelou.

 

 

 

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