PIRAÍ
A morte de Valdecir Honório, de 42 anos, no dia 30 de janeiro foi noticiada pelo A VOZ DA CIDADE. A família denunciou descaso e omissão de socorro quando uma ambulância foi solicitada ao posto de saúde do distrito e, a mesma, segundo familiares, foi negada pelo médico, sendo necessário esperar o Samu, que fica localizado no Centro, a 20 quilômetros de distância. A espera durou duas horas e o homem faleceu. O assunto chegou ao Legislativo e durante sessões recentes foi motivo de ponderações de vereadores.
O vereador Darlei Gomes (MDB) pediu informações sobre o caso na Secretaria de Saúde e falou sobre a morte de Valdecir durante sessão. Ele, que é morador de Arrozal, contou que foi aberta uma sindicância para apurar as responsabilidades. “A informação que tive do próprio prefeito (Luiz Antonio) é que o médico não autorizou a saída da ambulância do posto por sua conta e não por uma ordem da secretaria. Se em Arrozal tem pronto socorro e ambulância para atender dez mil habitantes é para ser feito isso. O paciente estava a 400 metros do posto e o Samu está a 17 quilômetros de distância. Pedi esclarecimentos a Secretaria de Saúde para podermos entender o que aconteceu”, contou o vereador, informando que a família já fez a queixa na delegacia e foi aberta uma investigação.
Segundo familiares, foi pedido socorro para Valdecir, mas a informação era que a ambulância não poderia ir até a casa do mesmo porque é para transferência de pacientes. A família então conta que foi orientada a chamar o Samu.
EM TODOS OS POSTOS
Outra movimentação no Legislativo visando o atendimento na saúde dos munícipes foi de autoria do presidente da Casa, Alex Joaquim (PP). Através de indicação, apontou a necessidade de se colocar veículos de resgate de pacientes, em regime de 24 horas, nos bairros Cacaria, Caiçara, Santanésia, Jaqueira, Varjão e Rosa Machado. Segundo ele, são constantes as reclamações de pessoas que necessitam de remoção e têm dificuldades devido a ausência de ambulância nos bairros. “Os moradores merecem atenção do Executivo para esta questão, visando proporcionar socorro imediato nas horas que se faz necessário, inclusive no horário noturno”, justificou Alex que também comentou sobre a morte de Valdecir Honório.
Para o presidente da câmara, uma cidade de 28 mil habitantes e com R$ 50 milhões de orçamento na saúde precisa ter ambulância nos lugares mais distantes. “As condições existem, é preciso programação”, apontou.
A Assessoria de Imprensa foi procurada pelo A VOZ DA CIDADE para informar como está apuração da morte de Valdecir Honório, mas até o fechamento desta edição não tinha se pronunciado.
PREFEITO SE REÚNE COM VEREADORES
A saúde também foi um dos assuntos discutidos entre os vereadores e o prefeito Luiz Antônio da Silva Neves (PDT) durante reunião na última segunda-feira na Câmara de Piraí. Ele atendeu convite feito pela Mesa Diretora. Os 11 vereadores aproveitaram a reunião para repassar ao chefe do Executivo demandas relacionadas ao município, como a manutenção das áreas de esporte e lazer; conservação e limpeza urbana; pavimentação de ruas; contenção de encostas, entre outros.
A criação de um Projeto de Lei criando o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) também foi assunto do encontro. A medida visa garantir um meio do contribuinte de Piraí quitar os débitos vencidos de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). A proposta havia sido apresentada na semana passada pelo vereador Júnior Rocha (DEM).
Ficou acordado que a prefeitura promoverá um levantamento do total da dívida dos contribuintes com IPTU e o total de inscritos na dívida ativa. Os números serão repassados aos parlamentares nos próximos dias, quando um novo encontro com o prefeito será agendado. “Muitos contribuintes estão dispostos a regularizar a situação, mas a taxa de juros elevada acaba impede o acerto”, destacou Júnior Rocha.