RESENDE
O vereador José Antônio Nogueira, o Zé Antônio PHV (Patriota) reiterou a solicitação feita a prefeitura, por meio de indicação, para que seja realizado em todas as crianças recém-nascidas no município, o Teste de Triagem Neonatal, mais conhecido como o “Teste do Pezinho”, na modalidade ampliada que pode detectar até 48 patologias.
A triagem neonatal é realizada para identificar doenças genéticas, metabólicas e congênitas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e o seu acesso universal, integral e equânime tem com foco na prevenção, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente dos bebês com as doenças incluídas no Programa Nacional de Triagem Neonatal. Atualmente, o “Teste do Pezinho” é obrigatório no país em sua versão básica, que detecta seis doenças. Entre elas, fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase. No entanto, existem versões ampliadas do exame capazes de detectar uma lista muito maior de patologias, mas não estão disponíveis na rede pública de saúde, apenas na rede privada. “O Programa Nacional de Triagem Neonatal é uma conquista inestimável para as famílias, prevendo o diagnóstico e tratamento de doenças graves logo após o nascimento e abrange os popularmente chamado ‘Teste do Pezinho’ básico, da triagem sanguínea, mas o programa ainda se mostra insuficiente. Deveríamos ter uma triagem do recém-nascido mais abrangente para que doenças graves e, muitas vezes, letais, sejam diagnosticadas e tratadas com antecedência. No caso da ampliação do ‘Teste do Pezinho’, o diagnóstico passa a abranger 48 doenças, desde problemas genéticos e metabólicos até doenças infecciosas como a toxoplasmose. Tais doenças não apresentam sintomas no nascimento, embora possam levar a consequências gravíssimas, pois os diagnósticos tardios podem provocar a morte das crianças. A saúde de nossas crianças é um investimento sem dimensão de valor”, argumentou o vereador.
Segundo José Antônio é necessário realizar um abrangente check-up do bebê, pois existem muitas doenças que, quando não incapacitam, levam à morte até os dois anos de idade. “Dessa forma, esse programa repercute muito na mortalidade infantil e precisa ser aperfeiçoado com a ampliação do rol de exames obrigatórios realizados pela rede pública de saúde. Tanto para os cofres públicos quanto para os responsáveis pelo bebê, estar coberto por um diagnóstico mais amplo traz economias. Se o recém-nascido possui uma condição de nascença, ela vai se manifestar de qualquer forma, mais cedo ou mais tarde. Caso ela seja diagnosticada antes disso, o tratamento planejado é mais assertivo. É por isso que a adoção da melhor versão para o ‘Teste do Pezinho’ tem de ser vista como um investimento, podendo evitar, a depender da doença, que crianças se tornem futuros pacientes, às vezes dependentes de remédios caros ou ainda de leitos em casos de saúde”, complementou o parlamentar.