Vereador pede a criação de um programa de assistência aos portadores de Anemia Falciforme

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 PORTO REAL

O vereador Gilberto Caldas (PSL) apresentou recentemente na sessão ordinária da Câmara de Vereadores uma indicação onde pede a Secretaria de Saúde a possibilidade de instituir no Município o Programa de Prevenção e Assistência Integral aos Portadores do Traço Falciforme ou Anemia Falciforme.

Usando como argumento a Constituição Federal que garante que todas as pessoas são iguais perante a lei e a saúde é de relevância pública, o parlamentar destacou a prevenção como grande aliada contra a doença. “Quanto antes o diagnóstico for confirmado, melhor. O ideal para o tratamento é que o paciente tenha um acompanhamento adequado, com suporte multiprofissional em um centro de referência. O apoio de assistentes sociais, psicólogos, oftalmologista e fisioterapeutas também são de suma importância no tratamento de anemia falciforme e deve ser feito durante a vida inteira”, explica o vereador, acrescentando que também é necessário manter a rotina de exames diagnósticos para evitar as complicações crônicas, como AVC (Acidente Vascular Cerebral), alterações cardíacas, além de acompanhar a taxa de hemoglobina. “A par de todas essas informações do diagnóstico precoce e acompanhamento, as pessoas terão maior expectativa e melhor qualidade  de vida”, afirma Caldas.

Em seu pedido, Gilberto Caldas foi enfático ao afirmar que “a responsabilidade pela saúde dos cidadãos é da administração pública, em especial quando se diz respeito à saúde coletiva”.

A DOENÇA

A anemia falciforme é um problema genético hereditário, causado por uma alteração na hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos do sangue. Sua forma de foice altera a membrana desta célula, que se rompe com mais facilidade, diminuindo o transporte de oxigênio aos órgãos e tecidos. Sua incidência é maior em etnias negras, porém, com a miscigenação da população brasileira também é possível encontrar pessoas brancas portadoras da doença.

O quadro clínico da pessoa que contrai a doença apresenta um estado de anemia associada a crises intensas de dores nas costas, pernas e braços. Quando não tratada adequadamente pode evoluir com a disfunção de vários órgãos, como por exemplo, doenças na retina, insuficiência renal crônica, doença cardíaca, hipertensão pulmonar, entre outras complicações. Por ser uma doença hereditária, o bebê já nasce com a alteração. O diagnóstico é realizado pelo teste do pezinho. Mas se a doença não for detectada no nascimento e a criança apresentar sintomas como infecções recorrentes, fadiga, icterícia, úlceras nos membros inferiores, ou quadros de pneumonia são sinais de que há algo errado. “Neste caso, o exame que detecta a anemia falciforme é a eletroforese de hemoglobina, um exame laboratorial específico que analisa a presença da hemoglobina S”, informa o vereador.

 

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