VOLTA REDONDA
Uma Comissão Especial para investigar a denúncia feita por ambientalistas e militantes que defendem o meio ambiente de que havia aumentado a quantidade de pó preto no ar de Volta Redonda pode ser criada na Câmara de Volta Redonda. A proposta será apresentada pelo vereador Rodrigo Furtado para averiguar quais são os riscos que a substância traz a saúde das pessoas.
O vereador destacou que não acreditou na nota enviada pela CSN há pouco tempo de que o pó não está em níveis críticos à saúde. “Respiramos essa substância derivada do ferro há décadas e agora percebe-se um aumento a ponto das pessoas estarem enchendo garrafinhas e postando na internet de forma irônica. Quais parâmetros técnicos a CSN se baseou para alegar que não faz mal à nossa saúde essa quantidade de pó preto? Foi a mesma usada para afirmar que a escória enterrada no Volta Grande ou empilhada na Brasilândia não era prejudicial? Até o Superior Tribunal Federal reconheceu em 2020 que esse material representa uma iminente ameaça de danos ambientais e à saúde pública, além do risco concreto de contaminação do Rio Paraíba”, criticou Rodrigo.
Segundo o vereador, na comissão especial quer reunir pessoas qualificadas para fazerem as análises, como o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, INEA, Secretaria de Meio Ambiente, Comissão Estadual da Alerj, Cúria, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e outras instituições, inclusive representantes da sociedade civil.
Furtado informou que não é contrário a empresa na cidade, mas é preciso que dê uma contrapartida a Volta Redonda compatível aos lucros que obtém, citando que no quatro trimestre o lucro da empresa foi de R$ 1,6 bilhão.