Vereador de Volta Redonda defende essencialidade da educação física durante a pandemia de Covid-19

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VOLTA REDONDA

Na sessão legislativa da noite de terça-feira, dia 6, o vereador Renan Cury se manifestou no Plenário da Câmara de Volta Redonda, sobre a importância e essencialidade da prática de educação física durante a pandemia da Covid-19.

Renan lembrou que o setor de academias ficou fechado durante um período de cinco meses no ano passado e destacou que, um novo fechamento, seria um como se fosse um “suicídio” para os empresários do setor, e causaria demissão em massa para classe de profissionais que trabalham na área. “Apenas algumas academias que tinham um pouco mais de estrutura conseguiram resistir durante a paralisação do ano passado. Para a grande maioria, um novo fechamento seria um desastre total”, pontuou.

PAPEL FUNDAMENTAL NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES

Renan ressaltou ainda que os profissionais do setor têm um papel fundamental na recuperação de pacientes com diversas doenças, como obesidade, osteoporose e hipertensão, sem contar as enfermidades cardíacas. “Isso são algumas, mas existem diversas outras, como a própria ansiedade, diabetes e distúrbios do sono”, disse.

O parlamentar acrescentou ainda que o setor é mais que essencial para a recuperação de pessoas que tiveram movimentos afetados pela própria Covid-19. “Devemos lembrar que o profissional de educação física é um profissional que promove saúde e não apenas estética, como muitos pensam erroneamente. O poder público deve levar isso totalmente em conta, na hora de tomar decisões”, destacou.

O vereador já esteve reunido em diversas ocasiões com o prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, defendendo os interesses do setor.

MINISTRO DA CIDADANIA TAMBÉM DEFENDE SETOR

O Ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que a atividade física é parte crucial da saúde e do desenvolvimento do sistema imunológico. A Secretaria Especial do Esporte é ligada ao ministério.

Respondendo a uma pergunta da deputada Flávia Morais (PDT-GO) sobre a situação das academias de ginástica, que vêm fechando as portas por não conseguirem se manter no cenário de pandemia, João Roma afirmou que há algumas perspectivas. “Nós temos expectativa de um pacote do Ministério da Economia, assim como no ano passado ocorreu, para dar um certo alívio econômico, tanto na questão da flexibilização do emprego quanto em novos financiamentos, linhas de crédito para algumas atividades específicas.”

 

Ailton Mendes, presidente da Associação Brasileira de Academias, cobrou uma lei clara que trate da essencialidade das academias. Segundo ele, são mais de 30 mil academias no país, e mais de 700 mil profissionais — entre educadores e parte administrativa. Mendes citou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que colocam o Brasil como o quinto país mais sedentário do mundo, o que ele considerou uma segunda pandemia, já que a atividade física pode combater doenças não transmissíveis como pressão alta e diabetes que, além de tudo, também agravam o quadro da própria Covid.

Segundo Ailton Mendes, quando se determina o fechamento de academias e se coloca meio milhão de profissionais de braços cruzados, se retira um exército de pessoas que poderiam estar auxiliando no enfrentamento da pandemia. “Nós somos o único país do mundo que tem um profissional da saúde que ensina atividade física, que é o profissional da educação física. A atividade física sofreu uma visão equivocada de que era só lazer, entretenimento, mas não, ela é um pólo gerador de saúde, ela gera vida, ela salva vida”, concluiu.

 

 

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