Variação no valor do petróleo cria expectativa de queda da gasolina

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SUL FLUMINENSE

A guerra comercial entre Rússia e Arábia Saudita no comércio de petróleo pode favorecer o consumidor com baixa no preço da gasolina. Nesta segunda-feira, dia 9, os sauditas confirmaram a intenção de elevar a produção de petróleo visando ampliar sua participação no mercado internacional, cortando preços de venda do barril de petróleo. A medida seria uma retaliação aos russos, que negaram conter sua produção devido à queda da demanda gerada a partir da disseminação do coronavírus. Na prática, houve baixa em torno de 25%.

Desde 2016 a Petrobras utiliza como parâmetro para definir o preço da gasolina a paridade internacional do valor do petróleo. Assim, o movimento saudita pode afetar tanto o preço da gasolina, quanto o lucro da Petrobras e a produção do etanol, além da arrecadação. No momento, o que de fato ocorre é uma especulação de mercado acompanhada atentamente pelo consumidor ansioso em baixar seus gastos ao abastecer. Nos postos os preços seguem estagnados, uma angústia para a maioria dos clientes. “Eu vi o noticiário e achei ‘bom’ essa coisa toda. Agora, qual será a justificativa pra não cair (os preços) nas bombas? Já baixaram nas refinarias e nada aconteceu. Agora o barril caiu o preço, torço pra que fique assim um bom tempo”, comentou o industriário Anderson Pereira, que tem gasto mensal de R$ 150 com gasolina. “Quero é pagar barato e que essa guerra internacional siga por muito tempo ate nos favorecer”, comenta.

A definição de preços da Petrobras toma como base a política internacional que assim como se eleva os valores de mercado quando ocorre crises na economia, a tendência seria de baixar pela redução. Porém, tal medida só ocorrerá se os valores seguirem em queda no mercado internacional. De antemão, o presidente Jair Bolsonaro descartou elevar o valor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). A projeção é que o preço cai nas refinarias. “Não existe possibilidade do Governo aumentar a Cide para manter os preços dos combustíveis”, disse Bolsonaro através do Twitter. Uma das variantes ao consumidor é que se o valor do barril de petróleo ficar em torno dos US$ 30, a Petrobras possa intervir reduzindo o preço da gasolina e do diesel. Mas, nesta terça o mercado já indicava nova alta de 10% no início da tarde. O petróleo Brent chegou a ter alta de US$ 2,58 (7,51%), sendo vendido a US$ 36,95 por barril. “O mais provável é a Petrobras aguardar toda essa situação internacional e por enquanto manter sua política interna: nem aumento nem reajuste. É uma questão de mercado”, opina a economia Eliane Barbosa.

PREÇOS NA REGIÃO

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o preço da gasolina comum entre os dias 1º e 7 deste mês era de R$ 4,531. Em Barra Mansa, o litro da gasolina era vendido ao valor médio de R$ 5,18 na última semana de fevereiro e a pesquisa mais recente indica R$ 5,156. Em Volta Redonda, no fim de fevereiro era vendida a R$ 5,199 no valor médio e atualmente, de acordo com a ANP, está em 5,187. E na cidade de Resende, o litro da gasolina custava, em média, R$ 4,964 no fim de fevereiro e no início de março praticamente segue estagnado em R$ 4,968. Na Costa Verde, a cidade de Angra dos Reis mantém o mesmo valor médio no período citado, fim de fevereiro e início de março: R$ 5,401, o litro.

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