VALENÇA
Pacientes com o diagnóstico de Fibromialgia, devidamente identificados, terão atendimento preferencial nos estabelecimentos públicos e privados no município de Valença. É o que diz a Lei nº 3.205/2020, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal na última sexta, dia 8, de autoria do vereador, professor Rafael Tavares.
O portador da doença crônica também receberá o direito de estacionar em vagas já destinadas aos deficientes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia é uma doença ainda sem cura e pode aparecer após a ocorrência de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor crônica localizada, que progride para envolver todo o corpo. A doença está relacionada ao sistema nervoso central.
“Seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um ‘termostato’ ou um ‘botão de volume’ desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro fazem que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, José Roberto Provenza.
No Brasil, a patologia atinte cerca de 5 milhões de brasileiros e em 90% dos casos diagnosticados, representam mulheres de 35 e 50 anos.
No texto aprovado pelos vereadores, ficou instituído o dia 12 de maio, como o Dia Municipal da Fibromialgia, onde ações de conscientização e divulgação acerca da doença serão realizadas no município.
Para o autor do projeto, a situação das pessoas acometidas pela fibromialgia deve ser acompanhada de perto, visto que a doença é incapacitante e tem pautado diversas discussões na Câmara Federal e no Senado.
“Essa é uma demanda importante para a população em todo país. E em Valença não é diferente. A Fibromialgia é uma doença silenciosa, invisível aos olhos, o que causa muito sofrimento e preconceito para quem já necessita conviver com as dores todos os dias. Nossa proposta foi em cima disso; tirar algumas pedras do caminho de quem já lida com tantas outras e debater o assunto com a sociedade, para que possamos romper essa barreira do desconhecimento”, explicou o vereador Rafael Tavares.
A carteira e os adesivos de identificação para os carros dos portadores da doença serão emitidas pela prefeitura.
