Vacina obrigatória para crianças está em falta em municípios do Sul Fluminense

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Sul Fluminense

Uma das vacinas que é muito importante para os primeiros meses de vida de um recém-nascido está em falta em Volta Redonda e Angra dos Reis. Segundo as mães de crianças, a Pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, hepatite B e haemophilus influenza B, não está sendo encontrada nos postos de saúde, e de acordo com as denúncias, não há previsão para repor os estoques. Em Angra dos Reis, a prefeitura informou que as doses acabaram há dois meses e que a vacina está em falta no país inteiro e não há previsão do fornecimento. Já a Prefeitura de Volta Redonda fará a solicitação ao Governo do Estado de três mil doses de vacinas tríplice viral e pentavalente.

O fornecimento da vacina, que depende do Ministério da Saúde, está passando por um controle de qualidade, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), foi informado ao A VOZ DA CIDADE que a última remessa da vacina pentavalente aos municípios foi feita em julho pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Foi dito ainda que as doses estão sendo entregues, conforme agendamento prévio feito pelos municípios. Em julho, ocorreu também a suspensão do lote da pentavalente, comprado no exterior, pois não foi recomendado pelos testes de qualidade.

Em Barra Mansa a prefeitura não confirmou se havia ou não as doses da vacina, mas o A VOZ DA CIDADE esteve em dois postos de saúde do município e foi informado que havia Pentavalente disponível.

VACINA OBRIGATÓRIA

A vacina é obrigatória no Calendário Nacional de Vacinação. A Pentavalente, que deve ter a primeira dose aplicada aos dois meses. A segunda dose acontece aos quatro meses e a última é aos seis meses. Quando a criança vai tomar a primeira dose, ela recebe também as vacinas Vip, Pneumocócica, e Rotavirus. A imunização dos quatro antivírus é feita no mesmo dia para evitar que a criança tenha que voltar tantas vezes ao posto de saúde.

MÃES INDIGNADAS COM A FALTA DA VACINA

De acordo com Adriana Cavalcante, de 40 anos, moradora do Belmonte, em Volta Redonda, ela levou seu filho de dois meses para tomar as quatro vacinas e a criança tomou apenas três. “A informação que me deram é que todo o estado está em falta”, relatou, indignada pela situação ter desregulado o calendário vacinal do filho. “Era para ele tomar novamente as vacinas juntas com quatro meses, mas isso não vai acontecer, porque as doses dele ficaram desreguladas. Toda criança quando toma vacina fica com dor, com febre e agitada. Ele não precisava passar por esse sofrimento tantas vezes.”, lamentou.

Outra mãe de Volta Redonda que buscou o jornal para expressar a indignação com o caso, foi a moradora do bairro Roma, Kelly Melo, de 40 anos. Ela conta que foi levar o filho de seis meses para tomar a última dose e não encontrou a vacina. “Essa é uma vacina muito importante, e é um direito nosso. São tantas doenças voltando, como sarampo, por exemplo, e um bebê é tão frágil. É importante que ele esteja protegido” concluiu.

Ontem, em nota, a Prefeitura de Volta Redonda relembrou que a obrigação do fornecimento das vacinas é do Ministério da Saúde, através da Secretaria de Estado de Saúde. Destacou que fez a solicitação de três mil doses das vacinas tríplice viral e pentavalente. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os pedidos são feitos mensalmente ao estado no início de cada mês. “O município não produz vacina, a vacina vem dos governos Estadual e Federal. Em nossa última requisição solicitamos três mil doses da vacina pentavalente e o Estado mandou 50 doses. Tentamos administrar da melhor forma, mas com essa pouca oferta e muita procura acabamos zerando nosso estoque”, frisou o secretário de Saúde Alfredo Peixoto.

Enquanto o Governo do Estado não repassar as doses suficientes, a Secretaria de Saúde de Volta Redonda orienta a população que precisa destas duas imunizações entrar em contato com a unidade de saúde mais próxima da residência. A Secretaria está organizando uma fila de espera enquanto administra as doses existentes e as que estão para chegar no início do próximo mês.

 

 

 

 

 

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