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Usuários do Centro Pop visitam exposição ‘No fim do arco-íris’ no Centro Cultural Fundação CSN, em Volta Redonda

Mostra do artista visual, ilustrador e grafiteiro da cidade de São Paulo, Kuêio, aborda elementos e narrativas da comunidade LGBTQIAP+

Por Roze Martins
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VOLTA REDONDA

Com o objetivo de promover a inclusão das pessoas em situação de vulnerabilidade, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas) de Volta Redonda levou, neste mês de outubro, os usuários do Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua Uhady Nars) para visitar a exposição “No Fim do Arco-Iris”, do artista paulista Kuêio, no Centro Cultural Fundação CSN.

A exposição conta com obras compostas por pintura em tela, fotografias, prints, desenhos e graffiti, fazendo uma brincadeira da busca do que tem no fim do arco-íris, fazendo um paralelo da busca do artista de sua própria identidade como homem transgênero e homossexual.

De acordo com a assistente social Joveline Batista Tomaz, que trabalha na divisão técnica do Departamento de Proteção Especial (DPES) – responsável pelos serviços que atendem a população em situação de rua –, é fundamental haver essa interação entre a arte e as pessoas, todas elas, sem distinção.

“Precisamos mostrar para nossos usuários que a mudança está sempre nas mãos deles. E levá-los em locais onde eles possam se sentir representados, possibilita a cada um deles preencher as suas lacunas e se sentir bem-vindo. Esse artista também já esteve em situação de vulnerabilidade social. Ter pessoas parecidas com você é criar um elo de identificação e é muito importante. Em Volta Redonda estamos investindo em diferentes ações para tornar nosso ambiente cada vez mais diversificado e inclusivo”, explicou a assistente social.


O coordenador do Centro de Cidadania LGBTI Médio Paraíba – Programa Rio sem LGBTIfobia GOVRJ, Natã Teixeira Amorim, explica que a exposição convida o participante a refletir sobre o próprio processo de autoconhecimento e a complexidade do “eu identitário”, muitas vezes desafiado por estigmas e preconceitos sociais.

“Levar usuários em situação de rua e LGBTQIAP+ para a exposição promove inclusão, novos horizontes, acesso à cultura e reconhecimento. A experiência fortalece o senso de pertencimento, autoestima e cria um espaço seguro onde essas pessoas podem se sentir acolhidas e valorizadas, além de ampliar sua integração na sociedade”, ressaltou Natã.

O artista

Kuêio é mestre em Artes Visuais, artista visual, ilustrador e grafiteiro, da cidade de São Paulo. Participa do cenário da arte urbana desde 1999, seja representando a cultura de periferia, a própria ação de “pixar” e seus bastidores ou registrando instantes urbanos, captados sob o seu olhar. Kuêio também acrescenta ao conceito de suas obras elementos e narrativas da comunidade LGBTQIAP+, da qual faz parte como transgênero e homossexual.

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