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Universidade promove cultura inclusiva com serviço de atendimento a alunos com deficiência e dificuldade de aprendizagem

Por Carol Macedo
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 Em meio à realização de um sonho, a chegada ao ensino superior pode ser desafiadora para quem tem algum tipo de deficiência ou dificuldades de aprendizagem. Encontrar no ambiente universitário um espaço de acolhimento pode transformar toda a trajetória acadêmica do discente e empoderar esse futuro profissional. É o caso do NAAP – Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico, criado pela Estácio há dois anos, presente em 56 unidades do Brasil, que tem como diferencial em relação a outras instituições de ensino o atendimento aos alunos com quaisquer deficiências e também aos professores que necessitem de suporte em suas práticas pedagógicas. Destaca-se, ainda, que as matrizes curriculares dos cursos da Estácio incluem a disciplina de Libras.

O projeto, que já atendeu 25.881 pessoas, promove a inclusão, apoia e acompanha o processo de aprendizagem, e fortalece os estudantes com deficiência para que sintam mais seguros e conscientes das suas competências, inclusive quando forem inseridos no mercado de trabalho. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria pelo Ministério da Saúde, e divulgada no ano passado, 17,3 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. O mesmo levantamento aponta que somente 28% das pessoas com deficiência estavam na força de trabalho.

O NAAP também presta assistência a quem tenha dificuldades de aprendizagem de qualquer natureza ou alguma outra necessidade educacional especial. “O Núcleo conta com uma equipe multidisciplinar especializada e professores que trabalham em parceria com a coordenação de cada curso. O trabalho é feito com o objetivo de viabilizar e sensibilizar a acessibilidade arquitetônica, mas principalmente a atitudinal, pedagógica, comunicacional e digital para estimular o desenvolvimento de uma cultura inclusiva, que quebre preconceitos, estereótipos e discriminações”, esclarece o professor César Lessa, Coordenador Nacional do NAAP da Estácio.< /span>

Entre as principais iniciativas promovidas estão as orientações sobre as práticas pedagógicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos, realização do processo de reforço acadêmico, suporte emocional e orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo, além do desenvolvimento de projetos socioeducativos, a fim de resgatar os valores e o autoconhecimento. “O NAAP é um espaço em que é possível acolher e acompanhar os alunos, duas ações necessárias perante as demandas do mundo do trabalho hoje. Promover o desenvolvimento integral dos universitários é ; essencial para assegurar processos de aprendizagem eficientes que vão possibilitar o sucesso acadêmico, pessoal e profissional do nosso aluno”, frisa César Lessa.

O atendimento é exclusivo aos alunos da Estácio, integralmente gratuito e pode ser realizado de forma presencial ou remota. Em Resende, as informações e solicitações de atendimento podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (24)99856-7550 (WhatsApp).

A coordenadora do NAAP da Estácio Resende, Gabriela Nunes, ressalta que o Núcleo, instituído no campus há 10 meses, preza pelo acolhimento ao aluno calouro, na fase desafiadora do início da graduação, e na fase de vivências e persistência aos veteranos da universidade, assim transformando suas angústias e dificuldades em aprendizados, resiliência e experiências acadêmicas.

– Mas além disso, o NAAP auxilia os alunos que possuem alguma dificuldade de aprendizagem, alunos com deficiência, gestão do tempo, rotina de estudo e escuta psicopedagógica, ressalta.

Para a coordenadora, um caso marcante na Estácio Resende é da aluna de Direito, Francilene Aparecida Ferreira de Assis, de 42 anos, que convive com algumas sequelas motoras e cognitivas após a retirada de um tumor no cérebro. Ela, que já é formada em Pedagogia, decidiu quebrar barreiras e vencer esses desafios ao iniciar uma nova graduação, e foi acompanhada pela equipe do NAAP desde o início das aulas com o acolhimento de suas demandas, orientações de estudo e escuta psicopedagógica das fragilidades que interferiam na sua trajetória acadêmica.


– Estar de volta à universidade foi um grande desafio, que eu não teria conseguido superar se não tivesse o apoio da instituição, dos professores e do serviço do NAAP. Foi imprescindível para meu processo de transformação todo esse apoio, o diálogo e a sensibilidade.  Agradeço a todos que têm me ajudado a transformar o meu sonho em realidade, diz a aluna da Estácio Resende.

Do pódio para a sala de aula

Prestes a se graduar em Serviço Social na Estácio, a atleta paralímpica Izabela Silva Campos, medalhista na modalidade lançamento de disco e que perdeu a visão aos seis anos de idade, encontrou o apoio necessário para manter os estudos em dia, principalmente durante a pandemia. O suporte envolve a coordenação do curso e seus docentes, sempre em busca de soluções, além das alunas do curso de Pedagogia, que juntos formam uma corrente guiada e orientada pelo NAAP. 

Izabela conta que, complementando o auxílio presencial, materiais são enviados por e-mail e foi criado um grupo de WhatsApp para prestar todos os esclarecimentos e acompanhar sua evolução.  

“Essa rede de apoio está comigo desde o primeiro período e não mede esforços para me ajudar, todos têm muita sensibilidade, são muito atenciosos, só tenho a agradecer ao NAAP. As alunas de Pedagogia me acompanhavam em sala de aula e escreviam no caderno todo o conteúdo passado no quadro; liam as provas para mim e eu ditava as respostas para serem redigidas. Quando veio a pandemia, as alunas me ajudaram a instalar o aplicativo Teams para que eu pudesse acompanhar as aulas remotamente”, detalha Izabela, que é medalhista de bronze nos Jogos do Rio 2016 pela classe F11.

Parceria Estácio e CPB

A aluna da Estácio, por meio do Programa Atleta Cidadão do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), lembra que ações como essa são significativas na vida de quem tem deficiência visual. “Diariamente, nos deparamos com dificuldades que para quem enxerga poderiam ser facilmente resolvidas. Essa assistência do NAAP, da Estácio, está sendo fundamental para a conclusão do meu curso”, afirma.

O programa Atleta Cidadão do CPB tem como objetivo estimular o desenvolvimento pleno da cidadania de atletas e ex-atletas paralímpicos em todas as fases da carreira (iniciação, alto rendimento e pós-carreira) por meio da capacitação e orientação profissional. Mais informações do programa podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

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