BARRA MANSA
O candidato a prefeito de Barra Mansa pelo Psol, Petterson Magno, realizou ontem, dia 15, na Rua do Lazer, no Centro, a primeira panfletagem da campanha. Na ocasião, ele teve um bate papo com os eleitores, buscando saber a demanda da população e sobre quais propostas eles gostariam de conhecer. De acordo com Petterson, os temas mais pautados foram educação e economia, além de mobilidade urbana e meio ambiente.
“O nosso forte é perguntar a pessoa sobre o que ela quer saber, pois o panfleto é só um instrumento. Então estamos fazendo esse trabalho de escuta e apresentando nossas propostas baseadas no que a pessoa tem curiosidade em conhecer melhor, pois temos mais de dez eixos como propostas e vamos conversando sobre eles”, disse, acrescentando que estão pedindo também para que as pessoas marquem visitas em seus bairros e casas, caso queiram conhecer melhor as ideias.
No sábado, dia 17, será feita a panfletagem no Ano Bom e na segunda-feira, dia 19, haverá uma reunião coletiva da campanha, para montar a agenda. “Mais o forte da nossa campanha tem sido as redes sociais, principalmente o Instagram. Fazemos toda quinta-feira um diálogo socialista”, informou.
Economia e educação
De acordo com Petterson, para as queixas referentes a economia e educação, seu grupo tem um plano de governo já elaborado. Ele explicou que na educação o intuito é reformular as escolas em tempo integral, implantar a eleição de diretores e diretoras, democratizando o sistema, além de reformar a grade curricular, implantando novas abordagens.
“Na reforma da grade curricular, queremos inserir a história da cidade, ensinar sobre a escravidão e a ditadura militar que se incidiu forte no nosso município, além das questões de gênero, homofobia e racismo”, explicou, acrescentando que o ensino integral implantado em Barra Mansa em 2018 foi mal planejado. “Esse ensino que colocaram, parece mais um depósito de criança. Da noite para o dia alugaram um container, colocaram crianças e profissionais de educação lá e chamaram de escola, num custo de R$ 30 mil/mês. Pra gente isso não cabe, vamos acabar com o contrato deles, ficar um ano sem esse tipo de ensino, para preparar o terreno de forma estrutural e pedagógica”, afirmou.
No setor econômico, o candidato destacou o plano de investir em economia criativa. “Barra Mansa há possibilidade de ganhar dinheiro com turismo, que é o turismo da dor. A gente consegue debater direitos humanos, história local e trazer as pessoas para conhecerem isso, gerando renda. Estamos também com a proposta de fazer incentivo para que empresas de economia verde possam vir para a cidade e também temos como plano o programa de transferência de renda”, disse, destacando o Parque Natanael Geremias. “Já há um TAC assinado pelo Ministério Público e prefeitura, para a construção de um Centro Memorial no Parque da Cidade, isso foi assinado no Governo Jonas e até então nada foi feito, e nós vamos tocar o projeto com a UFF e fazer do espaço um local de reflexão”, ratificou.
Servidores públicos
Petterson ainda falou sobre as propostas para os servidores do município. “Havia o plano de Carreira da Educação que foi aprovado, mas não foi implantado, tendo ainda um retrocesso com o retorno de 40 horas trabalhadas e sem o aumento salarial. O salário dos demais servidores da educação, sem ser os professores, ficou congelado abaixo do mínimo por três anos, e neste ano de eleição aumentou de R$ 880 para R$ 990”, lamentou, afirmando que no seu governo o servidor será mais valorizado. “Não só os professores e os da área, mas as secretarias, assim como a Guarda Municipal”, expôs.
Já para a mobilidade urbana, a proposta do candidato é melhorar o transporte público implantar mais ciclovias no município. “Queremos fazer um estudo, para que até agosto de 2023 a gente possa implementar o ônibus tarifa zero em na cidade”, contou.
“Eu não venho de família tradicional da política, não venho dessa elite municipal e eu sei o que as pessoas normais vivem. Quero construir um projeto de cidade que não é só para alguns grupos, mas para os trabalhadores e população como um todo. Teremos muita audiência pública e fortaleceremos os conselhos para decidir como a cidade deve ser tocada, sem ficar em gabinete no ar condicionado decidindo tudo”, finalizou.