VOLTA REDONDA
O candidato do Partido Socialista dos Trabalhadores (PSTU), Maicon Quintanilha, de Volta Redonda, tem propostas bem definidas em seu plano de governo, visando valorizar as condições de trabalho dos funcionários públicos e demais projetos para toda a população. Maicon, que começou sua militância no movimento estudantil da Universidade Federal Fluminense (UFF), tornou-se funcionário público no SAAE-VR e destacou que ajudou na organização e defesa das ocupações da cidade. Agora, sua meta é colocar em prática na cidade um pouco da sua ideologia.
Durante uma ocupação no bairro Padre Josimo, para a série “Um dia com o candidato”, Maicon destacou as razões por trás de sua escolha. Segundo eles, as ocupações e áreas periféricas da cidade são os locais onde a população mais sente a ausência do Poder Público. “Aqui é onde as pessoas mais sentem o abandono, onde um governo municipal governa a favor dos ricos, dos poderosos, aqueles que vivem no centro da cidade e que só aparece na periferia a cada quatro anos”, afirmou.
Foto: Iam Martins
Foto: Iam Martins
Sobre suas prioridades para o município, o candidato ressaltou a necessidade de dar poder de decisão à população. Maicon pretende implantar conselhos populares em parceria com as Associações de Moradores, visando estabelecer planos de obra que atendam aos interesses da população local. “É o trabalhador que gera toda a riqueza da cidade, ele tem o direito de participar, não apenas a cada quatro anos, mas de forma constante, opinando sobre os serviços prestados e o que precisa ser feito em seu bairro”, explicou o candidato enquanto reforça que sua campanha se baseia em uma gestão participativa.
Além disso, Maicon detalhou algumas outras propostas que pretende inserir caso seja eleito. Entre suas prioridades está a valorização do servidor público, com um projeto de futuro que visa melhorar as condições de trabalho dos funcionários municipais. O candidato defende também uma ampla discussão sobre a regularização agrária da cidade, com foco no uso de terrenos improdutivos, como, por exemplo, os pertencentes à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para atender às necessidades da população, como a construção de escolas e estruturas que gerem empregos.
Sobre sua trajetória política, ele relembrou suas origens no movimento estudantil e sua crescente atuação junto à classe trabalhadora e enfatizou seu envolvimento nas lutas pela moradia e contra a poluição em Volta Redonda, reforçando o papel do trabalhador como protagonistas nas conquistas sociais. Ninguém aguentava mais chegar ao final do mês e ter que decidir entre pagar o aluguel ou colocar comida na geladeira. Nós somamos forças e ajudamos na organização. Eu acredito que quem protagonizou essa luta foram os próprios moradores. Nosso papel, como PSTU e movimento Luta Popular, do qual faço parte na luta por moradia, foi auxiliar nessa organização. Essa experiência nos mostrou que o verdadeiro protagonismo é da classe trabalhadora, é de quem ocupa”, desabafou o candidato.
Foto: Iam Martins
Foto: Iam Martins
UM VICE COM TRAJETÓRIA NA MILITÂNCIA
Ao justificar a escolha de Lázaro Luis como seu vice, Maicon destacou a trajetória do metalúrgico, conhecido por sua longa militância e por resistir às perseguições dentro da fábrica. “Se o PSTU existe hoje em Volta Redonda, é graças ao Lázaro”, afirmou, ressaltando que ele é uma referência para os trabalhadores da cidade.
Lázaro explicou sua motivação para aceitar o convite e integrar a chapa. Segundo ele, a candidatura é uma oportunidade de divulgar o programa do partido, abordando não apenas questões locais, mas também problemas que afetam todo o país. “Estamos fazendo uma campanha focada nas periferias da cidade, caminhando por esses locais onde a realidade é muito diferente do que se vê no centro”, afirmou. Ele também evidenciou a importância de enfrentar problemas como a falta de vagas em creches, dificuldades no transporte e o descaso com as periferias.
Para ele, sua campanha pode ser resumida em uma frase: “devolver o poder aos trabalhadores”, defendendo uma política participativa e constante, e não apenas em períodos eleitorais.
Foto: Iam Martins
Foto: Iam Martins
