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Trote Solidário do UNIFAA tem como foco a Campanha de combate à pobreza menstrual

Por Franciele Aleixo
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VALENÇA

O UNIFAA – Centro Universitário de Valença ressignificou o trote aplicado por veteranos em calouros da instituição. As tintas, roupas rasgadas e cabelos raspados foram substituídos pelo Trote Solidário, que recolhe doações para serem repassadas a instituições de caridade da cidade e região.

A 6ª edição do evento teve início no dia 9 de agosto em uma live com o fundador do Razões para acreditar, Vicente Carvalho. Neste semestre, a ação tem como destaque a Campanha de combate à pobreza menstrual, que arrecadará doações de absorventes higiênicos. Também poderão ser doados alimentos não perecíveis e máscaras descartáveis PFF2/N95. A novidade nesta edição é a possibilidade de doar em outras cidades da região.

O Trote Solidário acontece desde 2019. Nas edições anteriores, a ação já chegou a arrecadar mais de uma tonelada de alimentos não perecíveis para instituições de caridade valencianas e levou mais de 100 alunos ao Hemonúcleo de Barra Mansa para realizarem doações de sangue destinadas ao Hospital Escola de Valença. Outra ação que fez parte do Trote Solidário foi a doação de cabelos para a confecção de perucas para pessoas com câncer.

Para a 6ª edição, além dos alimentos não perecíveis e dos absorventes higiênicos, a organização da ação decidiu incluir a doação de máscaras descartáveis PFF2/N95, por conta da pandemia da covid-19. As doações podem ser realizadas no Campus Sede do UNIFAA, localizado na Rua Sargento Vitor Hugo, Nº 161, Bairro de Fátima, Valença – RJ e também nos Polos EAD do UNIFAA nas cidades de Barra do Piraí, Barra Mansa, Paty do Alferes, Petrópolis, Resende, Teresópolis, Três Rios e Volta Redonda. A lista com os endereços dos Polos pode ser consultada no site www.unifaa.edu.br/polos-ead.


Panorama da pobreza menstrual

A ideia de recolher doações de absorventes higiênicos surgiu de um Projeto Integrador (PIN) de um grupo de alunos do curso de Medicina do UNIFAA – Centro Universitário de Valença. Nele, foi identificada a carência de cuidados básicos, decorrentes da menstruação, em mulheres em situação de vulnerabilidade social no município.

O cenário reflete um problema nacional. Estima-se que, no Brasil, faltam quatro milhões de itens de higiene para auxiliar na manutenção menstrual nas escolas, sendo que quase 90% das mulheres passam de três a sete anos nas escolas durante a menstruação.

Outros dados alarmantes, divulgados pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apontam que aproximadamente 713 mil meninas brasileiras não possuem acesso a banheiro ou chuveiro em suas casas. A pesquisa também mostrou que 6,5 milhões de meninas vivem em residências sem ligação à rede de esgoto e 900 mil não possuem água canalizada.

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