Tribunal de Contas diz que Neto terá que ressarcir R$ 600 mil aos cofres de Volta Redonda

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Uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) publicada no final da noite da sexta-feira, dia 26, determinou que o ex-prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto deverá ressarcir os cofres públicos do município em R$ 600 mil. A decisão do pleno teve como base o relatório do Corpo Instrutivo do Tribunal de Contas e do Ministério Público Especial.

O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com o ex-prefeito Neto. Ele disse que, nem ele, nem seus advogados haviam sido comunicados de tal decisão do Tribunal. “Essa condenação chegou ao meu conhecimento pela imprensa. Alguns jornalistas me ligaram perguntando sobre o assunto. Volto a dizer essa é mais uma decisão equivocada do TCE-RJ. Eles não consideraram que não houve desvios de verbas, não houve roubo. O que ocorreu foi que eu, quando estava prefeito de Volta Redonda, paguei benefícios a pessoas que são contratadas e que, a sua grande maioria, na época estavam lotadas no Hospital São João Batista (HSJB. O que no entendimento do TCE-RJ é ilegal”, comentou o prefeito explicando quais foram os benefícios pagos. “Não paguei nada além do que um trabalhador tem direito pelo seu trabalho. Paguei férias, 13º salário, dei cestas básicas para eles. Não foi nada além desses benefícios. Foi exatamente isso que fiz e que agora, estou sabendo por vocês que fui condenado”, citou o prefeito acrescentando que, entre os beneficiados estavam cozinheiras, técnicos de enfermagem, enfermeiros e ainda alguns funcionários da área administrativa e que até hoje recebem os mesmos benefícios até dos dias atuais.

Neto lembrou que, na época o TCE-RJ já havia o questionado sobre a possível irregularidade, e mesmo assim, decidiu manter os benefícios. Ele lembrou, a manutenção desse pessoal é primordial, principalmente, para o funcionamento do HSJB. “Fizemos concursos, mas sem esse pessoal à saúde de Volta Redonda iria parar. Eu não poderia permitir isso jamais. O entendimento foi de que se não pagássemos os benefícios a estes funcionários, seria uma grande covardia. Como sempre fiz, optei em ficar e olhar para o lado dessas pessoas”, afirmou.

Antonio Francisco Neto disse, ainda que, tão logo seja notificado da referida decisão acionará seus advogados para entrar com recurso na Justiça. “Tenho certeza que vamos reverter essa situação. Assim que for notificado, encaminharei aos meus advogados e entraremos com o devido recurso e provaremos que o que fizemos foi em benefício de pessoas que precisavam. Volto a dizer, não houve roubo ou desvio de verbas. O que houve foi benéfico a quem precisava”, ressaltou Neto.

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