RESENDE
A direção da Viação São Miguel confirmou na manhã desta quinta-feira, dia 22, que foi encerrada a paralisação dos motoristas que protestavam pelo pagamento do tíquete alimentação em atraso. O ato iniciado no fim da tarde do dia 20 interrompeu de imediato a circulação dos coletivos de todos os itinerários. No dia seguinte, a empresa iniciou negociações e promoveu a liberação do benefício, provocando a redução na adesão do movimento. Assim, a quarta-feira registrou sistema com menor fluxo de trabalhadores em atividade e a consequente redução de coletivos circulando e o serviço registrando intervalos maiores entre os horários de cada itinerário. Agora, o sistema esta totalmente normalizado.
Segundo o diretor Rodrigo Carmargos, o serviço foi reestabelecido hoje em seu padrão normal, pois a empresa fez um acordo com os colaboradores para regularizar o pagamento dos recursos do tíquete alimentação, que tem valor médio de R$ 600. A empresa não comentou sobre possível acordo perante outras reivindicações dos funcionários, como FGTS e Plano de Lucros e Resultados em atraso e reintegração de quem recebeu justa causa em virtude da paralisação no dia 20.
Entretanto, em nota remetida ao A VOZ DA CIDADE, frisou que a paralisação foi um ato isolado e os trabalhadores não deram aviso prévio do início da greve com 72 horas de antecedência, além de não manter até então, a frota operante mínima a ser determinada pelo poder concedente e confirmada pelo poder judiciário durante greve. “A empresa está com seus salários mensais em dia e atrasou momentaneamente o tíquete alimentação, por causa dos efeitos da pandemia, mas que já está sendo pago na empresa, informando aos colaboradores para que retornem o mais rápido possível aos seus postos de trabalho, de forma a evitar as sanções trabalhistas”, informa.
JUSTA CAUSA E REINTEGRAÇÃO
Havia a expectativa de que o serviço pudesse sofrer falhas com a redução do quadro de profissionais trabalhando, pois a comissão de funcionários em paralisação definiu que além de receber o benefício, os demais profissionais retornariam ao trabalho desde que ocorresse a reintegração dos companheiros que receberam justa causa.
Com o pagamento no acordo anunciado, ao menos a paralisação foi encerrada e a questão da possível reintegração e outros pedidos deve ser levada ao conhecimento do Sindicato dos Rodoviários do Sul Fluminense. “A paralisação terminou, houve sim o acordo e os trabalhadores foram chamados para receber o tíquete alimentação em atraso. Porém, os profissionais que receberam a justa causa, entre 12 e 14 pessoas, não recordo, aguardam o procedimento do Sindicato dos Rodoviários para tentar reverter esta situação junto da Viação São Miguel. Foi um ato em favor de todos da empresa e esperamos o bom senso. Teremos reunião com os representantes do sindicato e esperamos, que além da reintegração destes companheiros, outras questões como FGTS e a PLR possam ter uma solução a nosso favor futuramente”, explica um integrante da comissão de paralisação, que optou em não ser identificado temendo represália. Vale destacar que a Viação São Miguel não comenta outras questões que não seja a liberação do tíquete alimentação e o fim da paralisação.