BARRA MANSA
Com 218 alunos assistidos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Barra Mansa (Apae-BM) foi mais uma das instituições que teve que se adaptar a nova realidade causada pela Covid-19. Desde o início da pandemia no município, o desafio da instituição foi encontrar uma maneira de dar prosseguimento às atividades oferecidas aos alunos. De acordo com o presidente da Apae, Luiz Feijor, foi iniciado o atendimento online e aconteceram várias dificuldades até que fosse possível organizar uma forma correta para manter o acompanhamento aos assistidos, mas com o tempo ocorreu uma adaptação melhor, criando uma nova forma de se trabalhar.
De acordo com a diretora pedagógica Jaquelina dos Reis, tanto os profissionais, quanto os alunos, tiveram que aprender fazendo. “Conseguimos atualmente alcançar 80% dos alunos da instituição. Isso ainda não chega a 100% porque têm muitos assistidos que estão em área rural e não possuem acesso a internet”, lamentou, explicando que todos os materiais e assuntos abortados na internet acontecem no WhatsApp. “Estamos guardando todo o conteúdo das conversas, documentamos tudo o que é tratado e estamos fazendo portfólios sobre o ensinamento durante a Covid”, disse.
A psicóloga social, Socorro Malkes, trabalha diretamente com as famílias dos alunos e contou que para adaptar os pais a essa nova realidade também houve dificuldades. “Descobrimos que muitos pais eram analfabetos e não tinham conhecimento de como trabalhar com o celular. Então nosso encontro semanal, não pode ser feito através de videochamada. Então nos adaptamos para realizar essa atividade de acompanhamento com as famílias através de áudios, que foi uma maneira de podermos dialogar”, destacou.
Socorro ratificou ainda que a pandemia, por pior que seja, pode ser vista por um ponto de vista positivo. “Houve a manutenção do vinculo familiar no sentido dos responsáveis entenderem seu lugar no papel da formação dos filhos. No início a família teve dificuldade, mas foi o momento em que eles descobriram a potencialidade dos seus filhos e houve uma aproximação maior”, expôs.
Serviços presenciais
Apesar da maior parte das atividades estarem acontecendo de forma online, os funcionários da instituição seguem trabalhando no local, uma vez que os casos emergenciais seguem tendo necessidade de atendimento presencial. Como, por exemplo, os bebês que precisam de estimulação precoce, o que deve ser feito nos primeiros meses de vida. “Nos também fazemos visitas domiciliar. Para isso nós nos equipamos com o macacão, luva, viseira, máscara e tudo mais. Fazemos as visitas em caso de necessidade de uma intervenção técnica imediata e também para levar doações, como alimento, fraldas e kit de higiene. Nessa pandemia tem família que não tinha nem álcool, e nós acompanhamos isso”, finalizou a psicóloga social.
Primeiro almoço Drive-Thru da Apae será em alusão a Semana da Pessoa com Deficiência
O tradicional almoço da Apae de Barra Mansa, que é realizado pelas mães de assistidos pela instituição, estará de volta no próximo dia 20. Contudo, como forma de oferecer a refeição, e ainda manter as medidas de prevenção ao novo coronavírus, o almoço será servido em formato drive-thru e delivery. A Semana da Pessoa Com Deficiência começará no dia 21 de agosto e termina no dia 28. A comida será servida de 11 às 14 horas na sede da Apae, localizada na Rua Ary Fontenelle, 649, Estamparia.
Para quem optar não sair de casa, será oferecido também o sistema delivery através do WhatsApp (24) 9 9912-4281 e o telefone (24) 33230342.
O valor da refeição é R$ 15, e a taxa de entrega é R$ 5.
De acordo com o presidente da Apae, Luiz Feijor, o almoço vai muito além de arrecadar fundos, visando também o social. “Esse sempre foi o intuito, que a pessoa conheça a nossa instituição”, disse, informando que algumas pessoas estão doando alimentos não perecíveis para ajudar na confecção do evento.
Quem quiser colaborar com a causa, pode realizar um deposito através da conta corrente 2615-8/ agência 4521 – Unicred.