RIO DE JANEIRO
Em comemoração ao aniversário da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, que completou 25 anos em 2022, foi realizado, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na noite da última terça-feira, dia 11, o Concerto Jubileu de Prata. Fizeram parte da comemoração integrantes da Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch e do Centro Cultural da Escola Técnica Estadual Henrique Lage, além de alunos com deficiência intelectual do CAEP Favo de Mel. Gratuito e aberto ao público, o evento encantou os presentes com apresentações de música e dança.
A Banda Sinfônica e Coro da Faetec Marechal Hermes, formada por estudantes da fundação, tocaram tema de Game of Thrones, Festival Prelude e Marcha Triunfal, da Ópera “Ainda”, dentre outras canções, sob regência dos maestros Lélio Alves, David Pereira e Oswaldo Carvalho. Já o coral foi regido pela Maestrina Cristina Salles e contou com o acompanhamento do pianista Rogério Duarte. O trompetista Walmir Lopes integra a Banda da Faetec Marechal desde 2018, ele falou do espaço que a música ocupa em sua vida e sobre a experiência de tocar nesse renomado palco.
“Na minha opinião, a música é essencial para a vida, eu não consigo viver sem música. Se ela não existisse, o mundo não teria cor. Cada instrumentista da banda faz o seu estudo independente e quando tudo é encaixado na orquestra, a música ganha vida. A banda está evoluindo mais a cada ano. Queremos sempre evoluir, poder sentar-se e tocar da melhor forma possível, sempre melhor do que era antes. Já toquei em grandes palcos, mas esse aqui é o principal, o que eu mais queria e hoje estou realizando um sonho”, declarou o músico de 22 anos.
A Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch, com a direção de Rosane Campello e Luciana Carnout, exibiu a cena “Axé Mix – 23 anos de história” ao som de AXÉ for Concert Band. A apresentação animou mais ainda a plateia e contou, através da dança, a trajetória da companhia oriunda da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch, unidade da Faetec no Maracanã.
E já que um dos objetivos da Rede é promover a inclusão social, os alunos da escola especializada em profissionalizar jovens com deficiência intelectual, CAEP Favo de Mel, marcaram presença e deram um show a parte, sambando ao lado da porta-bandeira Selminha Sorriso.
Buscando também a inclusão, a Escola Técnica Estadual Henrique Lage, por meio do seu Centro Cultural, desenvolve um trabalho que envolve dança, teatro e expressão corporal, onde pessoas em cadeiras de rodas são incentivadas a participarem do curso de preparação corporal de atores. Os alunos fizeram uma performance de dança com cadeirantes durante a execução de Aquarela do Brasil. A professora Soyane Vargas ficou emocionada em ver seus alunos no palco.
“Estivemos ensaiando por três meses e sempre com uma expectativa muito grande para esse dia. A sensação é de que estamos ganhando um presente, porque muito se fala em inclusão, mas agora estamos promovendo essa inclusão, o que me emociona muito. A nossa missão é que pessoas com deficiência tenham acesso a lugares como esse não só como espectadores, mas como protagonistas, e é isso o que estamos fazendo hoje no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro”, declarou a coordenadora do centro cultural do polo.