Termômetro digital infravermelho desaparece das prateleiras em Resende

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RESENDE

Com a flexibilização do isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a retomada de atividades econômicas e religiosas nos municípios de Resende, Itatiaia, Porto Real e Quatis, que compõem a Região das Agulhas Negras, começa a reabrir. Os termômetros digitais infravermelhos são itens considerados de extrema importância para a reabertura destes setores. No entanto, eles desapareceram das prateleiras das lojas e não estão sendo encontrados para compra.

A regra de flexibilização estabelecida nos municípios exige que este equipamento de medir a temperatura a distância deve ser utilizado nos restaurantes, hotéis, pousadas, academias, igrejas e templos para abrirem suas portas. Cada pessoa que entrar nestes estabelecimentos e templos religiosos terá que ter a temperatura medida. Caso apresentem temperatura igual ou acima de 37,7ºC não poderão frequentar estes locais. Além de desaparecerem das prateleiras, a grande procura pelo equipamento, fez com que os preços subissem consideravelmente.

Os termômetros digitais infravermelhos são sensores capazes de aferir a temperatura de corpos ou superfícies através da radiação emitida por eles. A medição da temperatura é feita de modo que o sensor não precisa tocar a superfície.

A equipe de reportagem do jornal A VOZ DA CIDADE, fez uma pesquisa de preços por Resende e só encontrou o termômetro em uma loja especializada em venda de equipamentos médicos. O equipamento estava sendo vendido a R$980. “Este equipamento é importado. Além de aferir a temperatura, o aparelho mede a pressão do ambiente. Ele é totalmente digital e de fácil manuseio. Só tenho um parelho à venda na loja. A procura está muito grande”, disse um comerciário, que pediu para não revelar o nome.

Já nas farmácias dos bairros Campos Elíseos, principal Centro Comercial da cidade e no Manejo, os termômetros literalmente desapareceram. Na maioria dos estabelecimentos, os aparelhos vão chegar às prateleiras nos próximos dias. “Todos os cinco que tínhamos em estoque vendemos. E olha que cada um estava custando R$189. Já encomendamos mais com um distribuidor. No entanto, não vamos conseguir pelo mesmo preço. A previsão é de que eles sejam comercializados por R$450”, disse uma atendente de uma farmácia no bairro Manejo.

“Antes da pandemia o termômetro era vendido a R$129 e tinha pouca saída. Assim que começou a ser exigido para a abertura de academia, eles foram vendidos rapidamente. A gente tinha seis aqui na nossa farmácia. Assim que foi noticiado que seria necessário em poucas horas vendemos todos”, contou uma atendente de farmácia localizada no bairro Campos Elíseos, informado que o estoque de termômetro só deve ser reposto na próxima semana. “Mais os novos termômetros infravermelhos vão chegar com outros valores. A previsão é de que sejam vendidos por R$580”, comentou.

A cooperadora de uma igreja evangélica, Aline Silva, estava à procura do termômetro em uma loja especializada em venda de materiais para área da saúde, em Campos Elíseos. Ela contou que a igreja não poderá abrir as portas neste final de semana, uma vez que não encontrou o termômetro para comprar. “Em todas as lojas e farmácia que fui não tinha o termômetro digital de infravermelho. Todas falam que só vai chegar na próxima semana. E o pior, pelo preço que estão pedindo, será difícil adquirir o equipamento. Os preços que me informaram varia de R$450 a R$850. Um absurdo, ainda mais sabendo que antes da pandemia o valor era mais em conta. Acho que vamos ter que encomendar pela internet e esperar chegar. Até lá, não vamos poder abrir a igreja para os cultos”, lamentou Aline.

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