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Temponi diz que está com consciência tranquila e retorna com mais força para câmara

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

Na noite de quinta-feira, o A VOZ DA CIDADE deu em primeira mão sobre o retorno do vereador Vander Temponi (PTB) para a Câmara de Volta Redonda por uma decisão judicial. Ele se pronunciou nesta sexta-feira. “Sempre estive certo de que esse momento iria passar e que conseguiríamos a vitória na Justiça. Fui eleito para servir a cidade que amo. Minha consciência está tranquila e retorno ainda com mais força. Estou certo de que meu trabalho pelas comunidades mudou e vai mudar a vida de muita gente”, ressalta o parlamentar.

O vereador já retorna ao cargo na próxima semana. Sua cadeira ficou vaga desde quando houve a comunicação da Justiça sobre a investigação que foi divulgada no dia 27 de junho. Nem mesmo o suplente, Sebastião Leite, foi convocado nesses dois meses.

Temponi é líder do governo Antonio Francisco Neto no Legislativo. “Sempre trabalhei com foco na população e em fazer um papel de ponte entre o Executivo e Legislativo para a celeridade dos processos a favor de todos. Isso não vai mudar, pelo contrário, só me incentiva ter mais empenho no trabalho e lutar por todos”, apontou.


Na noite de quinta-feira, 31 de agosto, foi emitida uma decisão pelo desembargador da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Antonio de Almeida, que deferiu a liminar de habeas corpus. A defesa alegou que o juiz da 3a Vara Especializada em Organização Criminosa da comarca da capital teria feito um “constrangimento ilegal consubstanciado” em decisão que impôs medidas cautelares diversas de prisão e seu afastamento do mandato de vereador e suspensão de seus subsídios.

Temponi foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por suspeita de liderar um esquema de rachadinha. O MPRJ disse que além do vereador, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo envolvimento no esquema e responderiam pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e usurpação de função pública. O órgão apontou que entre janeiro de 2021 e julho de 2022 foram identificados pelo menos 47 ocorrências de repasses de servidores ao vereador.
O órgão estadual chegou a pedir a prisão de Temponi, mas o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira optou por medidas cautelares, como afastamento e comparecimento a cada dois meses em juízo, sempre entre o dia 1º e 10, proibição de manter contato com as testemunhas e outras pessoas contidas no processo, proibição de se afastar da cidade por um prazo superior a cinco dias, não poder entrar na prefeitura e câmara e também das sedes do Governo do Estado, além de não poder ser nomeado a qualquer cargo público nas esferas municipal, estadual e federal.

O advogado de Temponi solicitou que ele pudesse voltar ao cargo e tivesse novamente seus subsídios até que o julgamento do mérito. A decisão de afastamento foi por 180 dias, ou seja, seis meses. O juiz acatou o pedido argumentando que será uma investigação complexa, com vários réus. “Inclusive com futura discussão de várias questões prejudiciais, tais como incompetência do juízo, competência da justiça eleitoral diante da conexão entre crimes comuns e crimes eleitorais, que por certo demandarão largo tempo para discussão e análise”, disse o desembargador.

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