SUL FLUMINENSE
Um levantamento realizado em todo o Brasil pelo Núcleo de Estudos Sodexo, criado pela Sodexo Benefícios e Incentivos, aponta que 71% dos trabalhadores consideram que o benefício refeição e/ou alimentação são os que mais ajudam a ter uma boa qualidade de vida, sendo que 43,4% dos respondentes consideram o vale-alimentação o mais importante, seguido pelo vale-refeição (27,64%), plano de saúde (21,23%), vale-transporte (3,46%), vale-cultura (0,38%) e outros (3,39%).
A pesquisa, que coletou 1.328 respostas de trabalhadores durante maio e junho de 2019, mostrou ainda que mais de 40% dos profissionais teriam que se readequar financeiramente caso não recebessem o benefício, reduzindo, para compensar, principalmente os gastos com lazer (44,3%) e contratação de serviços (37,3%). Já 18,1% dos trabalhadores afirmam que não teriam condições de fornecer uma boa alimentação para a família, 16,4% não teriam dinheiro para fazer uma refeição e 8,66% teriam que fazer uma alimentação menos saudável ao optar por alimentos mais baratos.
Ainda de acordo com o levantamento, caso não recebessem o cartão refeição e/ou alimentação, os brasileiros teriam que gastar para se alimentar, em média, entre R$ 200 e R$ 300 (25,4%), mais de R$ 600 (24,7%) e de R$ 300 a R$ 400 (20,8%). “Estes números confirmam a importância do benefício refeição e/ ou alimentação na vida do trabalhador brasileiro, contribuindo inclusive com a saúde de sua vida financeira. Esta pesquisa reforça ainda mais a importância do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), iniciativa que garante a quase 20 milhões de profissionais brasileiros o acesso a uma alimentação adequada, melhorando sua qualidade de vida e, consequentemente, aumentando sua produtividade”, explica Fernando Cosenza, vice-presidente de Marketing da Sodexo Benefícios e Incentivos.
Na região, trabalhadores lamentam não contar com o vale-alimentação. Ataíldo Pereira, 49, de Porto Real, trabalha como pedreiro e não recebe o benefício da empreiteira, tendo a liberdade do patrão de tirar a hora de almoço em casa. “Nunca recebi vale-alimentação ou vale-refeição. Tenho amigos que recebem o vale-alimentação e fazem compras. O valor rende uns R$ 400 no cartão magnético. Acho importante porque incrementa a renda, mas não tendo, exploro a hora de almoço pra compensar”, comenta. Já a secretária administrativa Márcia Xavier, 27, conta com ambos os benefícios. A empresa permite obter tanto o vale-alimentação quanto o vale-refeição. O primeiro permite compras em redes conveniadas como supermercados. O vale-refeição é aceito em restaurantes, por exemplo. “Temos um valor fixo mensal e optamos em pegar parte como vale-refeição e outra parte como vale-alimentação. Isso ajuda sim no fim das contas porque tem meses que salva nas compras de supermercado. E isso também não impede de eu economizar e levar comida de casa, por exemplo. É um direito assegurado pela nossa empresa”, conta a funcionaria de uma empresa de seguros de um banco privado.
O PAT
Criado em 1976, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) comemora 43 anos como um dos programas sociais mais importantes do País. Instituído pela Lei nº 6.321 e gerido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, tem por objetivo melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas para a qualidade de vida, a redução de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, além de aumentar a produtividade de milhões de trabalhadores ao garantir acesso à alimentação, além de incentivos fiscais às empresas que dele fazem parte.