SUL FLUMINENSE
Terminou de forma indefinida a audiência entre os representantes dos transportes e do setor produtivo, com o ministro Luiz Fux, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Nesta quarta-feira, dia 20, o STF ouviu o setor de transportes sobre a análise de liminares de empresas do setor de agronegócios que questionam o valor mínimo do frete. Em Brasília, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense (Sinditac), Francisco Wilde, integrou o grupo dos representantes dos transportes e declarou ao A VOZ DA CIDADE que ficou acertado que as partes tentarão chegar a um consenso sobre uma nova tabela de preços, que deve ser apresentada em juízo até o dia 28. “O ministro cancelou todas as liminares e no dia 28, às 11 horas, ouvirá os representantes dos agronegócios sobre a tabela de frete que defendem. Caberá ao ministro definir essa situação. Esperamos que a tabela deles esteja dentro do valor ideal para o nosso curso de viagem. Caso não chegue ao consenso, o juiz Fux expedirá sua sentença. Estamos confiantes. Elegemos dentro do grupo os representantes que participaram diretamente da audiência: o presidente da CNTA, Diumar Bueno; o presidente da Federação dos Caminhoneiros de Carga em Geral de São Paulo (Fetrabens), Norival de Almeida Silva; e o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac-Ijuí/RS), Carlos Alberto Litti Dahmer. O ministro manteve sua decisão que suspende todas as ações judiciais e vamos aguardar o desfecho na próxima semana”, explica Wilde.
Para o ministro Luiz Fux a reunião foi positiva es partes compreendem a importância do setor dos transportes operante. Um preço intermediário deve ser avalizado e se o impasse persistir o Judiciário terá que arbitrar sobre a questão de forma definitiva.
Francisco Wilde recorda que o ministro Luiz Fux é relator de três ações contra o tabelamento de preços, apresentadas por entidades representativas do agronegócio e da indústria. “As entidades pedem a suspensão imediata dos efeitos da medida provisória (MP) 832, que criou uma tabela de preços mínimos no transporte rodoviário de cargas, em vigor desde 30 de maio. Nossa categoria está reivindicando um piso mínimo de frete para garantir a sobrevivência no serviço de transporte, sendo contra a tabela de referência”, analisa.
SINDPETRO MANTÉM ASSEMBLEIAS
O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) informou ao A VOZ DA CIDADE nesta quarta-feira a manutenção das assembleias e a mobilização da categoria até o dia 29. Segundo o diretor Sérgio Paes, está mantido o estado de greve e não está descartada paralisação coletiva, junto de outros segmentos representantes dos trabalhadores. “As negociações estão em andamento, as assembleias sendo realizadas. Teremos até o fim do mês para analisar a posição da categoria. Após o dia 29 ocorrerá nova reunião para discutirmos possível mobilização com outras categorias deflagrando greve”, disse. O Sindpetro defende que as refinarias do Brasil produzam todo o combustível nacional, ao contrário da política do governo federal e da Petrobras de importar. A Sindipetro luta para que utilizando recursos próprios o preço da gasolina e do botijão de gás de cozinha, por exemplo, baixem o valor ao consumidor.
A categoria de petroleiros é dividida entre a FUP e a FNP. Na região existem cerca de 120 funcionários dos terminais da Petrobras em Volta Redonda (Tevol) e Angra dos Reis (Tebig).