VOLTA REDONDA
No próximo dia 7 de dezembro, a Caixa Beneficente dos Empregados da CSN (CBS) realizará a eleição dos membros que integrarão, pelos próximos quatro anos, os conselhos Deliberativo e Fiscal da instituição. Duas chapas estão na disputa, trazendo consigo perspectivas e abordagens distintas para o futuro da entidade.
O período de votação será das 8h30min às 18h, abrangendo dez cidades, incluindo localidades como Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí e Pinheiral. A proposta é garantir que todos os associados tenham acesso facilitado aos locais de votação, assegurando uma representatividade abrangente.
Beneficiários assistidos cadastrados na CBS em cidades onde não haverá votação presencial poderão votar, alternativamente, por procuração (original) com firma reconhecida em cartório, que somente poderá ser outorgada a participantes vinculados à entidade na data da eleição.
IMPORTÂNCIA DA ELEIÇÃO
Diante da importância dessa eleição para o destino da CBS, especialmente no que diz respeito ao patrimônio dos trabalhadores, sindicatos como os Engenheiros (Senge-VR), Metalúrgicos, Construção Civil, Vigilantes, e representantes das unidades da CSN em Congonhas (MG) e do Porto em Itaguaí, uniram-se para apoiar a Chapa 1. Esta é composta por representantes da Associação de Participantes da CBS (APCBS), entre eles o presidente da entidade, Antônio Pedro de Almeida.
Fernando Jogaib, presidente do Senge-VR, destaca a relevância do momento: “Desde 2013 estamos à mercê de um conselho formado exclusivamente por representantes da patrocinadora, a CSN. Com isso, há anos estamos sendo impactados por alterações nos regulamentos prejudiciais aos participantes e favoráveis ao patrocinador, afetando diretamente o patrimônio dos participantes da CBS.”
Um dos pontos críticos mencionados por Jogaib é a transferência do Fundo de Reversão do Plano Milênio, criado em 1995 pela CBS. Ele ressalta a mudança no regulamento em 2015, quando conselheiros indicados pela CSN passaram o fundo para a empresa, afetando as finanças e preocupando os participantes. “O Fundo de Reversão, quando de sua criação, tinha a finalidade de pagamento de possíveis déficits que pudessem ocorrer no plano, dando garantia aos participantes que os mesmos não pagariam o prejuízo, isso inclusive foi um motivador utilizado pela CSN e CBS para que os participantes dos planos, que estavam dando déficit, na época, migrassem para o Plano Milênio. Essa garantia inclusive foi dada em correspondência aos participantes”, disse Jogaib.
REGULAMENTO
Ele explica que os conselheiros indicados e eleitos pela chapa da CSN alteraram o regulamento e passaram o Fundo de Reversão para a CSN, que a partir de 2016 começou a pagar as contribuições mensais dela utilizando o dinheiro do Fundo. “Ou seja, a empresa não desembolsa mais nenhum valor e o Fundo de Reversão, que em 2015 tinha um montante de R$ 115 milhões. Em dezembro de 2022 estava com algo em torno de R$ 35 milhões. Quer dizer que uma hora acaba e se houver déficit no plano quem vai pagar é o participante”, observou o presidente do Senge-VR.
Outra preocupação apresentada refere-se à importância da CBS para os trabalhadores, destacando as mudanças nas condições de afastamento por saúde ou acidente de trabalho. “Em caso de afastamento por saúde ou acidente do trabalho, o participante tinha um complemento salarial para que tivesse tranquilidade durante toda a recuperação, hoje são apenas 18 meses. Depois, o participante recebe apenas o benefício do INSS”, salienta.
Diante desta preocupação, o órgão sindical está convocando todos os participantes para participarem da votação do próximo dia 7. “Sabemos que no Conselho, a CSN tem maioria, mas estando lá, os nossos representantes vão sempre lutar para que nossos direitos sejam garantidos e nos manterão informados sempre das decisões, coisa que não acontece hoje em dia”, afirmou o presidente do Senge-VR.
VOTO PRESENCIAL
No que diz respeito à votação, lideranças sindicais defendem a importância do voto presencial para garantir a transparência e integridade do processo eleitoral, evitando o uso de procurações. O presidente do Senge-VR convoca os participantes, aposentados, pensionistas e ativos, para contribuírem para a escolha de uma chapa comprometida com o futuro deles.
Zeomar Tessaro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Volta Redonda e região, reforça a importância do voto na Chapa 1 como garantia da defesa dos direitos dos trabalhadores. Ele destaca a união com outros sindicatos em prol dos interesses dos associados e ressalta que não votar na Chapa 1 seria favorecer a empresa em detrimento dos trabalhadores. “É por esse motivo que somamos forças com os demais sindicatos, que englobam os segmentos de funcionários da CSN, para demonstrar unidade e comprometimento com os direitos dos associados. Não votar na Chapa 1 é facilitar que a empresa continue ganhando mais e dividindo menos com os trabalhadores. Eleger a Chapa 1 é garantir que os eleitos estarão lutando pelos seus direitos”, concluiu Zeomar
VOLTA REDONDA
Alegando que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Sul Fluminense (Sindpass) fechou as portas para as negociações da Campanha Salarial 2019/2020, representantes dos Sindicatos dos Rodoviários de Volta Redonda, Angra dos Reis e Barra Mansa se reuniram nesta quinta-feira, dia 15, e falaram com a imprensa local. O objetivo do encontro, que aconteceu na sede do Sindicato de Volta Redonda, no bairro Aterrado, foi informar sobre as ações a serem traçadas para pressionar o patronal a reiniciar as negociações para o fechamento da Campanha Salarial 2019/2020.
Foi garantido ainda no encontro que uma greve geral no transporte público das três cidades e abrangentes não está descartada. O presidente do Sindicato de Volta Redonda, José Gama, o ‘Zequinha’, se queixa que, após entregar a pauta de reivindicações em abril, até agora o Patronal não emitiu retorno e, posteriormente, levaram ao Sindicato a proposta de alterar a data-base dos rodoviários de 1º de junho para dezembro. Pedido recusado em assembleia pelos trabalhadores.
TARIFAS DO ÔNIBUS
O preço das tarifas e possíveis reajustes foi abordado no encontro, assunto já apontado pelos empresários. Em Angra dos Reis, o último aumento no valor da tarifa de ônibus aconteceu em novembro de 2018, tendo variação entre 9,8% e 10,76%. A cidade conta com apenas uma empresa explorando o transporte coletivo, a Viação Senhor do Bonfim. A empresa trabalha com três valores: Tarifa A (subiu de R$ 3,25 para R$ 3,60), Tarifa B (subiu de R$ 3,90 para R$ 4,30) e a Tarifa C (subiu de R$ 5,10 para R$ 5,60).
Em Barra Mansa, o reajuste da tarifa das linhas municipais aconteceu em dezembro de 2017: passou de R$ 3,80 para R$ 4 – aumento de 5,26%. Na cidade de Volta Redonda o reajuste ocorreu em 2017, com a tarifa subindo de R$ 3,30 para R$ 3,80.
A MESMA PROPOSTA
A mesma proposta de mudar a data-base apresentada em Volta Redonda, foi sugerida também para os sindicatos de Angra e Barra Mansa, segundo confirmado pelo diretor financeiro do Sindicato de Angra dos Reis, Carlos Magno, e o diretor do Sindicato de Barra Mansa, José Pereira Sartori. Desta forma, juntos a Zequinha, eles optaram em pressionar o Sindpass coletivamente, tendo o aval da Federação dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Rio. Ontem, o presidente da Federação, Antônio de Freitas Tristão, também participou da reunião em Volta Redonda.
ENTREGA DA PAUTA
Em relação à Volta Redonda, a pauta do sindicato tem entre os itens principais o reajuste salarial de todos os seus funcionários a partir de 1º de junho deste ano, em 7 %, já incluído o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do período e ganho real. Em caso do INPC ser superior ao reivindicado, será renegociado, já que faltam dois meses a ser apurado do INPC. Além do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados no valor de um salário mínimo, e em caso de não cumprimento da data de pagamento, multa de 20 % por parcela e por mês de atraso.
Foi solicitado ainda que as empresas paguem a todos os funcionários R$ 253,40 (reajuste de 10%) no cartão alimentação/cesta básica. Ambas as reivindicações com a participação financeira de R$ 10 pelo empregado. E que os associados do Sindicato laboral fiquem isentos da participação financeira, entre outros.
A reportagem do A VOZ DA CIDADE tentou contato com o presidente do Sindpass, mas até o fechamento desta edição não foi encontrado.
ANGRA DOS REIS
Em reunião realizada na noite da última segunda-feira, no Sindicato dos Estivadores, ficou definida entre entidades de classes e membros da sociedade a realização de um ato contra a violência na cidade. A “Manifestação pela Paz” ocorrerá no próximo dia 24, na Rua do Comércio, no Centro. A concentração está marcada para as 10 horas.
Entre os participantes da reunião estava o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Angra dos Reis e Região, Maurício Conceição, o “Maurício Vigilante”. Ele defendeu a união de entidades e falou sobre a implantação de um projeto na cidade. “Todos os segmentos devem se envolver. Essa é uma luta de cada cidadão. Nós trabalhadores do setor mais pertinentes a essa luta, não vamos ficar inertes, vamos implantar o projeto na cidade, criado por nós, chamado: “Vigilante pela Paz”. O objetivo é fazer com que cada munícipe possa ser um vigilante de seu próprio bairro”, comentou.
Estiveram presentes no encontro representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas e o deputado federal Luiz Sérgio (PT) e a vereadora Titi Brasil (MDB). A reunião foi presidida pelo ex-vereador José Antônio (PCdoB).