VOLTA REDONDA
No ano passado, após demitir em massa os cerca de 300 ex-funcionários, a Rio Zin, empresa que prestava serviços à Prefeitura, propôs aos trabalhadores pagar a dívida dos direitos em cinco parcelas. Na ocasião, os trabalhadores não queriam aceitar, pois muitos não tinham sequer R$ 500 para receber, mas tiveram que aceitar, afinal, caso contrário, ficaram sem nada. O acordo foi acompanhado pela diretoria do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação. Só que até esta segunda-feira, 14, a terceira parcela, que venceu no dia 24 de dezembro, ainda não tinha sido paga.
Segundo os trabalhadores, até o fechamento desta reportagem, somente a primeira parcela foi paga na data combinada. A segunda, de acordo com eles, teve atraso e o valor foi dividido em duas vezes. Já a terceira que deveria ser paga no dia 24 de dezembro ainda não tinha sido creditada na conta dos trabalhadores. Ao A VOZ DA CIDADE, o presidente do Sindicato de Asseio e Conservação, Wilton de Mello Peixoto, informou que na segunda parcela a empresa teve problemas, mas garantiu que até hoje vai pagar a parcela atrasada e a próxima no dia certo, em 24 deste mês. “Esperamos que não fique em mais uma conversa vazia, pois a empresa não tem representante aqui em Volta Redonda e, que todo contato é por telefone. Assim fica mais difícil”, declarou o presidente, lembrando que desde o início vem acompanhando o que está ocorrendo.
A maioria dos trabalhadores garantiu que aceitou a proposta por não saber o valor que iria receber e pelo fato da alegação de que, se eles não aceitassem o caso seria levado à Justiça. Muitos, ao saberem do valor que tinham para receber, decidiram voltar atrás, pois, de acordo com eles, não compensava.
De acordo com alguns dos trabalhadores, o valor em dinheiro é muito pouco para ser dividido em parcelas, mas se não fosse assim ficaria sem receber nada. Disseram que até hoje, muitos ainda desempregados, estão com dificuldades para quitar suas contas, como as contas de luz, água e aluguel que teve atraso.