VOLTA REDONDA
Após perder parte da perna direita devido a complicações da diabetes, João Batista, de 70 anos, improvisou uma prótese com um cano de PVC para se locomover. Ele utilizou essa prótese durante quatro meses até visitar o Centro Especializado em Reabilitação (CER III) de Volta Redonda, onde recebeu uma nova e moderna prótese, entregue pelo Serviço Especializado em Reabilitação. Esse espaço da prefeitura atende pacientes com deficiências física, intelectual, visual e auditiva, tanto de Volta Redonda quanto de outros 12 municípios da região do Médio Paraíba.
“É uma nova vida, eu saí do inferno e entrei no Céu”, disse o aposentado ao receber a nova prótese. No CER III, ele recebeu todo o suporte necessário, incluindo a nova prótese ortopédica pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que foi entregue nesta semana. Com o auxílio de uma muleta, seu João entrou na sala de atendimento com passos tímidos, fruto da prótese improvisada, mas com o coração cheio de esperança.
Passos acanhados
Os passos acanhados foram trocados por passos firmes e seguros, em direção a uma vida digna, com acessibilidade, qualidade e independência. O aposentado declarou que é uma nova vida, “Agora vou poder fazer tudo: ir ao banheiro, cozinhar, pois com a prótese improvisada eu precisava colocar uma cadeira para fazer comida, pois não conseguia ficar de pé”, disse ele, ressaltando que, com a prótese tudo será diferente e que está cheio de expectativas de ter uma vida normal, com mais independência, porque estava dependendo muito do cunhado para fazer as tarefas do dia a dia.
A história de João é a primeira da série ‘Gratidão Não Prescreve’, desenvolvida pela Prefeitura de Volta Redonda para contar histórias de pessoas que tiveram suas vidas transformadas após serem beneficiadas com algum serviço disponibilizado pelo governo municipal.
Mais de 18 mil atendimentos
Até outubro de 2024, o Centro Especializado em Reabilitação (CER III) de Volta Redonda realizou 18.081 atendimentos, beneficiando deficientes físicos, intelectuais, visuais e auditivos do município e de toda a região. O local é referência para reabilitação das quatro deficiências, além da oferta de dispositivos auxiliares de locomoção como próteses, órteses, cadeiras de rodas, bengalas, muletas e próteses oculares, todas gratuitas. “Temos três equipes para reabilitação física que atendem a pacientes neurológicos com problemas agudos e amputados de todas as idades, neste caso, oferecemos todo o processo para que ele receba a prótese, desde o molde, confecção, até a inserção. A maioria dos amputados é de doenças arteriais e vasculares, mas também há casos de amputação traumática, no qual o processo de adaptação com a prótese é mais rápido”, disse o coordenador do CER III, Vladimir Lopes de Souza.