VOLTA REDONDA
Neste sábado, dia 1º, a Secretaria de Saúde promoveu uma ação para marcar o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. O ato aconteceu na Praça Sávio Gama, no bairro Aterrado. As pessoas que passavam pelo local foram orientadas sobre a prevenção da doença sexualmente transmissível, além de terem acesso gratuito, caso quisessem, a preservativos e, ainda, material contendo todas as informações sobre a doença.
A coordenadora do Programa DST/AIDS, do Centro de Doenças Infecciosas (CDI), Sandra Regina Coutinho, falou da importância de conscientizar a população sobre a testagem rápida. “Não precisa de pedido médico, basta chegar à Unidade de Saúde e dizer que quer realizar o teste de HIV”, comentou a coordenadora.
No decorrer do ano a Secretaria Municipal de Saúde realizou ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. Equipes do DST/AIDS e da Atenção Básica realizam diversas atividades educativas em unidades de saúde da Atenção Básica e nas Redes de Urgência e Emergência, orientando tanto os profissionais como pacientes sobre as doenças, além de incentivar a realização dos exames.
A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, inicia oficialmente no próximo sábado, dia 1º, a campanha ‘Dezembro Vermelho’.
O mês é marcado pela luta ao combate ao vírus HIV/DST e outras infecções sexualmente transmissíveis. A iniciativa tem como objetivo levar informações e alertar a sociedade sobre a Aids, suas formas de contágio e a importância do combate ao preconceito.
A partir do primeiro dia da campanha o Programa de DST/AIDS estará no Hospital da Mulher realizando testes rápidos para o HIV, distribuindo informativos e preservativos femininos e masculinos.
A ação começa a partir de 8 horas e a previsão é que termine às 12 horas, porém durante o mês, as 45 Unidades Básicas da Saúde da Família (UBSF) do município dará prosseguimento à campanha.
Para o médico e coordenador do Programa DST/Aids – BM, Alberto Aldet, no município há cerca de 650 pacientes acometidos pelo HIV em tratamento, porém ele informou que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse número pode ser computado em dobro em função das pessoas que ainda não descobriram a infecção ou os que sabem que têm, mas não procuram o programa. “Por isso, é muito importante a realização do teste, ele é 98% preciso na detecção do vírus”, afirmou o médico, acrescentando que o preconceito e o medo são fatores que inibem as pessoas a garantirem o bem estar de ter uma vida saudável, mesmo quando diagnosticada com o vírus.
Aldet confirmou que mensalmente o município realiza cerca de 500 testes rápidos e quando o vírus é detectado, o sangue coletado vai para analise em um laboratório no Rio de Janeiro a fim de obter um laudo final. “Quando temos o retorno positivo do laboratório, iniciamos o tratamento com os coquetéis, que medicamentos distribuídos gratuitamente pelo setor”, informou o médico
O PROGRAMA
Em 23 anos do Programa DST/Aids, Barra Mansa já livrou mais de 250 crianças de serem contaminadas por suas mães durante a gestação, de acordo com Aldet. “O tratamento com gestante é realizado durante o pré-natal. Quando está mãe é detectada com o vírus iniciamos o tratamento com o coquetel fazendo com que o vírus não evolua a ponto de contaminar a criança”, explicou.
O médico finalizou frisando que a doença não tem cura, mas no município existe um tratamento eficaz que garante boa qualidade de vida para os soropositivos.
Convivendo há cinco anos com o vírus do HIV e recebendo o suporte da Secretaria de Saúde desde que descobriu a doença, a dona de casa T. C. disse que preza a qualidade de vida e que apesar de ser portadora, não se limita a ter uma vida diferente de antes. “A descoberta foi um choque, fui infectada através de uma relação sexual com meu ex-marido, negar e fingir que isso não está acontecendo é normal”, contou a senhora, acrescentando que a melhor alternativa para ela foi buscar tratamento e orientação.
T. C. ainda informou que o tratamento oferecido no município é de altíssima qualidade e, hoje, é primordial para sua vida. “O setor oferece a nós que somos soropositivos o medicamento sem custo, além da forma em que somos tratados por toda a equipe, que é qualificada e nos dispensa atenção humanitária. É disso que precisamos, menos preconceito e mais igualdade”, finalizou a dona de casa.