VOLTA REDONDA
Volta Redonda vai ganhar um dos maiores painéis instagramáveis de arte urbana, com painel de 120 metros quadrados, ao ar livre, do interior do Estado do Rio. Com o tema “A Retomada”, será uma homenagem ao principal gerador de empregos do município: o setor de comércio e serviço, que reagiu durante a pandemia, superando os obstáculos de um dos períodos mais difíceis dos últimos tempos. Também vai mostrar a união dos setores públicos e privados, além do reconhecimento ao apoio da população ao comércio local.
O mural será feito pelo artista plástico, Marcelo Eco, reconhecido internacionalmente, e será um marco de esperança, trazendo otimismo para os próximos anos. O trabalho de preparação começou nesta quinta-feira, dia 18, e Eco começa a pintar nesta sexta-feira, dia 19, com previsão de término no dia 23.
GRANDE VISIBILIDADE
O cenário para receber essa obra de arte urbana foi escolhido por ter uma grande visibilidade, será o muro do Clube Umuarama, na Rua 43, na Vila Santa Cecília, por onde passam centenas de pedestres e veículos diariamente. A iniciativa é uma parceria entre a Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR) e Prefeitura, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura. O objetivo é criar os chamados “ambientes instagramáveis”, valorizando a arte urbana, onde moradores e visitantes possam fazer fotos e divulgar a cidade nas redes sociais.
Será a primeira vez que Marcelo Eco fará um trabalho, no interior do Rio. Ele já fez diversas exposições pelo Brasil e também em outros países, como Alemanha, Holanda, Argentina, Itália, França, Espanha, Egito, Angola e Tailândia. Entre os trabalhos, destaque para um mural gigante com 20 x 32 metros, Greenpeace, “Salve o Rio Tapajós”, pintado nas Olimpíadas Rio.
TRAÇOS ÚNICOS
Com traços únicos, que o identificam logo que se vê os murais gigantes, com rostos geométricos, faces com queixos pontudos, e imagens bem coloridas, o artista aceitou o convite de criar em Volta Redonda uma proposta diferente, que eternize essa mudança do perfil econômico da cidade, que hoje tem no comércio, dos diversos segmentos, o maior potencial de crescimento e desenvolvimento. Também simboliza essa virada da economia, a integração e a união para manter Volta Redonda como a cidade pólo do Sul do Estado, referência do setor, e que mais gera emprego e cresce, impulsionada pelo empreendedorismo.
Segundo o presidente da CDL-VR, Gilson de Castro, a ideia de criar o mural partiu da prefeitura, com proposta do secretário de Cultura, Anderson Souza, que também é um dos artistas plásticos mais renomados da região. “Quando o Anderson nos trouxe essa ideia, de criar ambientes que virem cenários para fotografar, divulgando a cidade, unimos nossa vontade de homenagear o comércio, com algo que marcasse essa força de um povo trabalhador, simbolizando tanto quem investe, os empresários, quanto quem trabalha, e, claro, os consumidores. Queremos mostrar essa rede que ajuda a movimentar a economia, a manter os empregos, criar renda, principalmente, depois desse período difícil, vivido durante a pandemia, por todos nós. Será um grande presente para Volta Redonda”, comentou.
Para o prefeito Antônio Francisco Neto, o mural em homenagem ao comércio, em parceria com a CDL Volta Redonda, faz parte de uma projeto maior, que é o de resgatar a autoestima da população, valorizando quem mora e trabalha no município e dar ainda mais visibilidade à cidade. “Queremos deixá-la mais bonita, mais moderna e atraente para visitantes, que ajudam a movimentar também a economia da cidade. E fazer isso, com uma obra de arte urbana, acessível a todos, registrando esse reconhecimento a quem emprega e gera renda, é um passo importante nessa nova Volta Redonda que estamos construindo”, acrescentou.
LEGADO PARA VOLTA REDONDA
Para o secretário de Cultura, o painel, além de atrair pessoas para fotografar e divulgar a cidade, cria um legado para Volta Redonda, deixando a cidade mais moderna, entrando num circuito cultural, que vem crescendo nos últimos anos, com a influência cada vez maior das redes sociais, que servem de canais de divulgação. “O Marcelo Eco é um artista conhecido mundialmente e quem curte arte já identifica as obras dele logo que vê. Saber que tem um painel gigante na nossa cidade, feito por um artista plástico tão importante, renomado, com certeza, vai incentivar o turismo e mais pessoas vindo a Volta Redonda é sinônimo também de maior movimento nos diversos setores da economia”, comentou.
Para ele, também é uma oportunidade de mostrar como a cidade se uniu para superar as adversidades, principalmente, durante a pandemia. “Queremos mostrar que temos trabalhado juntos, todos, entidades representativas, população, poder público e empresas, para vencer cada desafio e homenagear o comércio, que é a força da nossa economia, deixando esse legado, é fundamental, para consolidar ainda mais esse reconhecimento. A parceria com a CDL tem sido muito importante, agora, em mais um projeto juntos, porque ela reconhece que a cultura também ajuda a mover a economia”, acrescentou.
MAIS SOBRE MARCELO ECO
Artista carioca, de 41 anos, destaque em arte urbana
É impossível andar por uma cidade onde Eco tenha estado e não se deparar com as artes do artista carioca. O que faz sentido, afinal, dono de um estilo marcante, tem o universo urbano como fonte de inspiração. A arquitetura minimalista de seus traços e seus personagens de queixos pontiagudos cheios de movimentos e perspectivas transitam em meio a natureza brasileira. Seus últimos trabalhos expressam a sociedade contemporânea que visa o futuro em meio a robôs, uma sátira do comportamento robotizado ou repetitivo das pessoas.
PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES
Art Paris, situado no Grand Palais (França),
Galeria Adler, Paris (França),
Galeria LCG (RJ-Madri/ Espanha),
WSA(Argentina),
MAC – Muse de Arte Contemporânea (Niterói, RJ),
MA – Museu de Arte Moderna (RJ),
MuBE – Museu Brasileiro da Escultura (SP).
ANGRA DOS REIS
A obra onde trabalhava o pedreiro Sebastião Alípio de Oliveira, de 52 anos, que morreu depois de ter ficado soterrado em um deslizamento de terra, na manhã de quarta-feira, dia 11, no Parque das Palmeiras, funcionava legalmente. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
De acordo com a pasta, a obra, que ocorria em um terreno particular, foi licenciada, acompanhando todos os procedimentos e a legislação vigente. “Não é de responsabilidade do poder público a execução do serviço, que deveria ser acompanhado por um responsável técnico pela obra. Na licença ambiental emitida pela prefeitura, entre outras condicionantes, fica determinado que a execução do serviço deveria ser acompanhada por um profissional habilitado”, destacou a secretaria em nota. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil, assim como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau).
Segundo informações da Defesa Civil, cerca de dez pessoas trabalhavam na obra. A suspeita inicial do órgão é que o deslizamento de terra ocorreu devido a vibrações no terreno causadas pela passagem de veículos em uma rua que fica atrás. A vibração aliada a umidade teria provocado o deslocamento de terra.
O caso foi registrado na delegacia de Angra dos Reis (166ª DP) como desabamento culposo com resultado morte e conforme adiantou o delegado titular da unidade, Bruno Gilaberte, ele irá ouvir o engenheiro e arquiteto, que são os responsáveis técnicos pela obra. “Aliado a esses depoimentos, a perícia vai nos dar um panorama do que aconteceu”, falou.
Além de pedreiro, Sebastião também era pastor da Assembleia de Deus – Ministério Madureira, na região do Camorim Grande e Camorim Pequeno. Ele trabalhava na construção de um muro de contenção quando houve o deslizamento de terra.
Depois do acidente, a Defesa Civil destacou a importância de que os profissionais sigam as normas de segurança pelo responsável técnico e utilizem os equipamentos de proteção individuais (EPI’s).