BARRA MANSA
Na noite de quinta-feira, dia 15, duas mulheres foram assassinadas em Barra Mansa. O duplo homicídio aconteceu no bairro Moinho de Vento, sob o viaduto da Rodovia Presidente Dutra, e elas foram executadas com vários tiros. As duas, mãe e filha, tinham 54 e 30 anos e eram moradoras de Piraí. Até o fechamento desta reportagem, o caso seguia em investigação e não havia confirmação sobre presos.
Segundo registro de ocorrência na 90ª Delegacia de Polícia (DP), agentes do 28° Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram acionados após o crime. Foi realizada perícia no local e a Polícia Civil encontrou cerca de 15 estojos e um projétil.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Três Poços, em Volta Redonda. Inicialmente a PM chegou a informar que a mulher mais nova estaria grávida, porém, o fato não foi confirmado pelo IML.
A Polícia Civil investiga motivação e autoria.
VOLTA REDONDA
Nesta quarta-feira, 7 de agosto, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) completará 18 anos da sua criação, ajudando na prevenção contra a violência doméstica e familiar que faz das mulheres o alvo das agressões. E neste mês também está acontecendo a programação do “Agosto Lilás”, campanha nacional que ajuda a conscientizar as mulheres sobre as medidas de proteção contra a violência.
Em Volta Redonda, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda e o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) estão desenvolvendo este trabalho preventivo e informativo para as mulheres do município. “As ações para a prevenção e o combate à violência contra mulheres fazem parte da agenda anual da secretaria. Durante a campanha ‘Agosto Lilás’, intensificamos as atividades de divulgação da Lei Maria da Penha, de divulgação das formas de violência e prevenção, de orientação sobre os serviços disponíveis para atender as nossas mulheres”, ressaltou Glória Amorim, secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos.
IMPORTÂNCIA DA CAMPANHA E PALESTRAS
A coordenadora do Ceam, a advogada Patrícia Vieitas, destaca a importância da campanha e as palestras que estão sendo programadas nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social) para conscientizar o público feminino contra a violência. “O ‘Agosto Lilás’ é a campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar, celebrando o aniversário da Lei Maria da Penha, que neste ano completa 18 anos. Devemos celebrar o avanço trazido por ela, mas sem esquecer que os dados estão cada vez mais alarmantes, como, por exemplo, foi trazido pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostrando o aumento do feminicídio em 2023, com o maior número desde 2015, bem como do estupro que cresceu 5,3% em 2023”, frisou a coordenadora, acrescentando: “A campanha é importante para divulgar a lei, conscientizar a sociedade sobre a denúncia, punição e direitos, visando o combate à violência. O Ceam realizará palestras e rodas de conversa nos Cras para conscientização, levando mais informações às mulheres do município”, concluiu Patrícia.
ASSESSORA TÉCNICA DE POLÍTICAS PARA MULHERES
A assessora técnica de Políticas para Mulheres da SMDH, Kátia Teobaldo, elogia as conquistas garantidas pela Lei Maria da Penha para dar um basta ao ciclo da violência doméstica e familiar.“A Lei Maria da Penha é um marco na luta contra a violência doméstica e familiar. Esta legislação garante a proteção, assistência e medidas protetivas para as vítimas, sendo essencial que todas nós conheçamos nossos direitos e saibamos como agir em caso de violência doméstica. A lei é um pilar fundamental na proteção e conquista para todas as mulheres. O departamento da mulher na SMDH tem como prioridade o bem-estar físico e mental de todas as mulheres”, enfatizou Teobaldo.
A psicóloga Marcella Gonçalves do Carmo, que atua no “Ceam na Deam” – projeto da Secretaria da Mulher e Direitos Humanos, aprovado com o apoio do Ministério Público, e que faz o acolhimento das mulheres que procuram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar os seus agressores – citou o alcance da legislação: “A Lei Maria da Penha é essencial no combate à violência doméstica, proporcionando amparo legal às mulheres. Esse reconhecimento ajuda as vítimas a perceberem que sua dor é legítima e que elas merecem suporte. A violência doméstica provoca sérios danos psicológicos, como estresse pós-traumático, depressão, ansiedade e baixa autoestima. A lei visa interromper a violência e oferece o necessário apoio psicológico para a recuperação das vítimas. A aplicação contínua da Lei Maria da Penha é crucial para a proteção física e o bem-estar psicológico das mulheres, contribuindo para uma sociedade mais justa e saudável”, afirmou Marcella do Carmo.
Confira a programação das palestras e rodas de conversa nos Cras:
8/8 (quinta-feira)
9h – Cras Retiro (na quadra Namy Cury, no Vila Mury)
21/8 (quarta-feira)
9h – Cras Caieiras
22/8 (quinta-feira)
8h30 – Cras Voldac e Cras Retiro
14h – Cras Retiro
23/8 (sexta-feira)
8h30 – Cras Retiro: Primeira Igreja Batista da Avenida Sávio Gama
26/8 (segunda-feira)
14h – Cras Retiro: Igreja Presbiteriana da Vila Mury
28/8 (quarta-feira)
14h – Cras Retiro: Morada do Campo
VOLTA REDONDA
A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda promoveu na quinta-feira, 7, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Voldac, uma Roda de Conversa associada à programação da iniciativa “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, que reuniu, em sua maioria, mulheres na faixa etária dos 45 aos 70 anos de idade.
A Roda de Conversa refletiu sobre o que são os Direitos Humanos e apresentou os serviços públicos oferecidos pela SMDH, localizada na Rua Antônio Barreiros, 232, no bairro Nossa Senhora das Graças, em frente ao Estádio Municipal Raulino de OIiveira. Também foram divulgadas informações básicas de proteção dos direitos das mulheres, como a Lei Maria da Penha, do enfrentamento da violência e da rede de atendimento, que na SMDH oferece psicólogas, assistentes sociais e advogada para as mulheres em situação de violência.
Estiveram presentes no evento a assessora do Departamento de Direitos Humanos, Josinete Pinto, e a coordenadora da Casa Abrigo, Angélica Emilie. O Grupo de Convivência “Esperança”, que realiza um trabalho de mobilização e informação para mulheres e homens do bairro e seu entorno, também participou da Roda de Conversa. A mobilização de moradoras e moradores para o encontro foi realizada pela direção do Cras.
Mais de 150 vagas de qualificação disponíveis para mulheres na área da siderúrgica em Volta Redonda
VOLTA REDONDA
A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), está disponibilizando os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) para interessadas em participar do Programa Capacitar especial para mulheres, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). As inscrições estão abertas até a próxima quarta-feira, 20.
O programa tem o objetivo de promover a formação e qualificação de mulheres por meio de cursos profissionalizantes oferecidos gratuitamente. “Os Cras são a porta de entrada para vários serviços do Poder Público. E, por meio de parcerias com empresas e instituições, temos aberto esses espaços para facilitar o acesso dos moradores às qualificações profissionais e a oportunidades de emprego. Esse é o nosso papel”, frisou a secretária municipal de Ação Comunitária, Carla Duarte.
No total, são disponibilizadas mais de 150 vagas para os cursos de Operador Siderúrgico, Operador de Máquinas Móveis, Manutenção Mecânica, Solda ou Elétrica. Ao longo de todo o curso, as participantes serão capacitadas para atuar na área operacional da companhia.
REQUISITOS
Para participar, é preciso que as candidatas tenham mais de 23 anos; possuir o Ensino Médio completo; e ser moradora de Volta Redonda, ou dos seguintes municípios: Barra Mansa, Pinheiral e Barra do Piraí. Quem preferir, pode se inscrever pela Internet, acessando o site www.csn.com.br/oportunidades.
O processo seletivo conta com a inscrição, análise de elegibilidade, prova, painel com gestor, exames médicos e entrega de documentação. A capacitação será ministrada pela Escola Técnica Pandiá Calógeras (ETPC) e as aprovadas, após o término do programa, poderão ser contratadas pela CSN.
Mulheres nascidas no dia do aniversário de Volta Redonda celebram juntas com a cidade
VOLTA REDONDA
Na segunda-feira, dia 17, data em que se comemora 69 anos de emancipação política do município de Volta Redonda, três gerações de mulheres volta-redondenses celebram a data junto com a cidade. A jovem estudante de Letras, Milena Rodrigues, de 19 anos, fala dos seus sonhos e da experiência de celebrar o seu aniversário no mesmo dia da cidade que ama.
Para Milena, comemorar o aniversário junto com Volta Redonda é incrível. “Sempre que posso participo das festas. Tenho aprendido muito com a história de Volta Redonda. Tenho sonhos e já estou realizando alguns, e desejo que a cidade continue crescendo e melhorando cada vez mais. Parabéns para nós”, declarou a universitária.
Ana Paula Cambraia Pereira Moreira, com a mãe, marido e filhos, juntos com a irmã Ana Lúcia Cambraia Pereira Almeida, felicitam a cidade. “Deixo aqui minha homenagem a Volta Redonda, que carrega tanta história bonita e tradição. Há alguns anos, no dia 17 de julho, quando a cidade fazia 22 anos, eu e a minha irmã gêmea nascíamos. Motivos a mais para que o dia 17 de julho seja uma data muito especial. Parabéns Volta Redonda. Parabéns para nós”, disse Ana Paula.
PREOCUPAÇÕES
Sandra Rodrigues, avó e educadora aborda a força histórica de Volta Redonda e apresenta algumas preocupações com o presente e futuro da cidade. “Nasci aqui e amo Volta Redonda. Como professora pude contribuir com a educação e me orgulho disso. Volta Redonda passa por um momento muito difícil com a grave poluição, isso nos entristece muito. Oro e desejo que Volta Redonda volte a ser mais limpa. Espero também que os espaços, como recreio dos trabalhadores, centro de puericultura e escritório central voltem a servir ao povo. Em Deus espero que a nossa cidade também valorize os trabalhadores que tanto fazem pela cidade. Sonho com uma cidade melhor para nossos filhos e netos. Parabéns Volta Redonda”, finalizou Sandra que regula a idade com Volta Redonda.
Secretaria de Políticas para Mulheres de Volta Redonda conta com atendimento especializado para vítimas em situação de violência
VOLTA REDONDA
Em Volta Redonda, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos (SMIDH) oferece um amplo serviço de atendimento para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Tudo isso considerando a importância de integrar as ações e os compromissos inerentes à Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
A SMIDH realiza diversas ações ao enfrentamento da violência doméstica e familiar através de serviços especializados como o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), que tem a finalidade de acolher, atender, orientar e acompanhar a mulher vítima de qualquer tipo de violência. “Em Volta Redonda temos uma rede de proteção e atendimento bem estruturada, considerada a maior Rede do estado do Rio de Janeiro. Juntamente com o CEAM e a Secretaria, contamos diretamente com a Casa Abrigo Deiva Ramphini Rebello, Patrulha Maria da Penha e o Juizado da Violência Domestica e Familiar. Esses são equipamentos importantíssimos no atendimento às vitimas da violência domestica”, destacou a secretária da SMIDH, Maria da Glória Borges Amorim.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Contando com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas, assistentes sociais e assessoria jurídica, o CEAM tem por finalidade fazer o acolhimento e o acompanhamento desses casos com o objetivo viabilizar a superação da situação de violência a que a mulher foi ou está submetida, assegurando direitos fundamentais e contribuindo para seu fortalecimento e para o resgate de sua cidadania e de seus direitos fundamentais.
De acordo com dados divulgados pelo Núcleo de Estudos ISPMulher, do Instituto de Segurança (ISP-RJ), a adoção de medidas de isolamento social por conta do novo coronavírus, a partir de março de 2020, afetou diretamente o número de registros de ocorrência de violência contra a mulher na Polícia Civil. A queda significativa desses registros, em comparação com anos anteriores, é um dado que aponta para uma possível subnotificação destes casos por conta das restrições e do isolamento causados pela pandemia.
EVITAR O MASCARAMENTO DA REALIDADE DE VIOLÊNCIA
A fim de evitar o mascaramento da realidade de violência contra mulheres através da subnotificação de registros, o CEAM reitera, portanto, a regularidade na prestação de seus serviços de atendimento. Desde o início das medidas restritivas para conter o avanço da pandemia, o CEAM adotou novos protocolos de atendimentos, conforme o decreto estadual que dispõe sobre medidas temporárias de prevenção ao contágio e de enfrentamento da propagação do novo coronavírus.
Atualmente o CEAM funciona com os atendimentos presenciais adotando todas as medidas de precaução necessárias para a prevenção do contágio. Entretanto, o CEAM reforça a importância fundamental, ampliada pela pandemia, dos canais de comunicação via telefone para atendimento e acolhimento a mulheres submetidas a situações de violência. São eles o telefone do Centro Especializado de Atendimento a Mulher (CEAM), que atende pelo número: (24) 3339-9025, e o da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos (SMIDH), que atende pelo número (24) 3339-9215.
VOLTA REDONDA
Uma parceria entre a Firjan Senai e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) oferece, pelo segundo ano consecutivo, formação para mulheres atuarem na área da operação siderúrgica. Por meio do programa Capacitar, 90 alunas iniciaram as aulas na unidade da Firjan Senai Volta Redonda em abril e devem concluir a formação no mês de julho. Na primeira turma, das 60 estudantes matriculadas, 58 – o equivalente a 96% – foram empregadas pela maior indústria do setor no Brasil e na América Latina.
Conforme o coordenador de educação profissional da Firjan Senai Volta Redonda, Marco Antônio Cappato, o curso não só abre as portas para uma área que sempre esteve marcada pela mão de obra masculina, como dá chance para que a maioria das alunas concluam as aulas já empregadas. Com carga de 208 horas, o curso oferece a formação teórica na escola e instruções práticas dentro da própria CSN.
No Rio, um em cada quatro postos de trabalho da indústria fluminense é ocupado por uma mulher, totalizando mais de 164 mil trabalhadoras em todos os setores. Em uma década esse montante representou crescimento de 3%, um avanço ainda lento. Na esteira desse processo, o coordenador de Atração e Educação da CSN, Rafael de Paiva Lima, afirma que a meta da siderúrgica a longo prazo é preencher em torno de 40% do quadro com mulheres. “Antes do projeto, contabilizamos uma média de apenas 7,5%, agora já são 10%. É preciso construir um ambiente em que as mulheres tenham o seu espaço e entreguem seus resultados igualmente como qualquer outro profissional”, disse.
NOVAS PORTAS
Empolgada com a inserção no curso, a prestadora de serviços Márcia Cristina de Oliveira Almeida, 39 anos, afirma que buscou a formação para se qualificar profissionalmente. “Me matriculei no curso da Firjan Senai em parceria com a CSN para buscar novos horizontes e me desafiar em uma área totalmente diferente. Apesar de ser difícil conciliar a rotina de trabalho com a aula à noite, tenho certeza que esse curso vai me abrir muitas portas”, afirmou
A aluna, que não vê a hora de colocar em prática o que vem aprendendo nas salas e laboratórios da unidade, afirma estar satisfeita com a didática dos professores. “Eles passam o melhor do conteúdo e não descansam até ter certeza de que entendemos. Prova disso é que nenhuma das 30 mulheres da minha turma desistiu do curso.” E complementa: “É uma vitória poder aprender ao lado de tantas mulheres unidas”, argumenta.
Já Miriam Almeida de Oliveira, 29, formada pela primeira turma em dezembro do ano passado, ingressou na CSN e já concluiu o processo de aprendizagem. Os reflexos do esforço foram traduzidos na efetivação: hoje ela trabalha como operadora de ponte rolante. “Eu sempre quis trabalhar na siderúrgica por acreditar que eu poderia crescer profissionalmente dentro da empresa”, acrescenta.
Para Lima, a expressiva inserção das mulheres na indústria Sul fluminense é uma mudança de paradigma. “O olhar precisa mudar para estabelecermos uma sociedade economicamente mais correta. Sem dúvidas, a CSN e a Firjan SENAI Volta Redonda estão colaborando para isso”, finaliza o coordenador da siderúrgica.
Câmara de Vereadores de Volta Redonda discute políticas de proteção à mulher em Audiência Pública
A Câmara de Vereadores de Volta Redonda realizou na noite desta terça-feira, 30, uma Audiência Pública para discutir políticas de proteção às mulheres em Volta Redonda. O evento atendeu ao requerimento verbal de nº 086/2019, de autoria do presidente da Casa, vereador Edson Quinto, e coautoria da vereadora Rosana Bergone, que é presidente da Comissão Permanente dos Direitos da Mulher no Legislativo.
Durante o discurso de abertura da audiência, Edson Quinto reforçou que a data marca o dia da mulher brasileira, que, segundo ele, tem conquistado espaços em todos os segmentos da sociedade. Discursou ainda que, tem trabalhado para que as políticas públicas alcancem, de verdade, a mulher sofrida, violentada e vítima de um destino que ela nunca sonhou. “A porta da Câmara Municipal está aberta para fazer valer os direitos das mulheres de Volta Redonda. À mulher guerreira, todo o meu carinho e respeito”, discursou o parlamentar.
VÍDEO INSTITUCIONAL DA SMIDH
A secretária Municipal da Mulher, Idosos e Direitos Humanos (SMIDH), Dayse Penna, no início de sua fala apresentou um vídeo institucional da SMIDH e da campanha “Em briga de marido e mulher, como meter a colher?”. Ela apresentou também sua equipe responsável por toda a demanda de enfrentamento da violência que chega no município. “Fomos educados para não nos intrometer nos relacionamentos e, agora, devemos desconstruir isso que foi criado culturalmente. Por isso, propomos este tema da campanha. Vamos parar e observar e mobilizar as mulheres e não aceitar nenhum tipo de violência”, destacou Dayse.
Rosana Bergone também discursou. Ela fez questão de ressaltar que a união de duas pessoas tem um só objetivo que é fazer o outro feliz, mas que nem sempre é assim. Lembrou que o relacionamento precisa ser focado no respeito, amor e sinceridade, mas muitas vezes, acontece o contrário e aí vem a violência. “Não permita sofrer nenhum tipo de violência, temos que intervir antes que chegue ao ponto do feminicidio. Quem ama não machuca e não mata”, lembrou a parlamentar.
SURPREENDIDAS COM OS CRIMES
A vereadora relatou ainda que, ao ligar a TV todos os dias as pessoas são surpreendidas com esses crimes. “Porque? Isso dói na minha alma”, disse a parlamentar que emocionou o público presente ao narrar a história de vida de seus familiares. Ela aproveitou o encontro para apresentar duas Leis de sua autoria já aprovadas, a Lei nº 5553 que garante prioridade de vagas para filhos de mulheres vítimas de violência e a Lei nº 5472 que autoriza o Poder Público fazer publicação de campanhas educativas contra atos de violência contra a mulher em espaços públicos.
Quem também participou da audiência e discursou para o público presente foi a presidente da OAB Mulher, Carolina Patitucci. Ela lembrou que as mulheres tiveram avanços nas medidas protetivas da Lei Maria da Penha. “Tivemos a criminalização em caso de descumprimento de artigo da lei, isso, foi um grande avanço. A Lei Maria da Penha é considerada pela ONU como um das três melhores leis de combate à violência. Não adianta ter legislação e não saber o nosso papel na sociedade”, frisou a advogada, que divulgou também no evento o canal nacional de denúncias 180 contra violência à mulher.
PARTICIPAÇÃO
A audiência aconteceu no Dia Nacional da Mulher e contou com a participação dos vereadores Jari Simão, Pastor Washington, Paulinho do Raio X e Paulo Conrado, além de um grande público formado por representantes de diversos órgãos da sociedade civil que ocupou as cadeiras do plenário. Ao final do encontro, os debatedores responderam perguntas do público relacionadas ao atendimento da Delegacia Especializada da Mulher (Deam), Lei Maria da Penha, ausência de alguns vereadores na Audiência e a pequena participação feminina na política.
No evento, o cerimonial leu justificativa de ausência da Defensora Pública da União, Beatriz Cunha, que teve problemas de saúde e a vice-presidente da OAB, Iaciara Braga, que teve outro compromisso previamente agendado.
Aplicativo ajuda mulheres a classificar locais considerados com risco de assédio
NACIONAL
Pensado para o público feminino, SafeGirl é um aplicativo desenvolvido para contribuir na prevenção de assédio sexual. A solução faz parte dos projetos finalistas do Campus Mobile, concurso de inovação e empreendedorismo do Instituto NET Claro Embratel, em parceria com a Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC/USP) e o apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que incentiva a formação de talentos junto a alunos universitários e recém-formados para atuação no mercado de conteúdos e novos serviços de telefonia móvel.
A solução, criada por Mateus Bezerra da Silva, estudante da Universidade Federal do Amapá, e Vitor Hugo Moraes e Brenda Sá, da Universidade Federal do Maranhão, incentiva mulheres a compartilhar no aplicativo a experiência que vivenciam nos lugares que frequentam, a partir de uma classificação com diferentes graus de segurança. “A plataforma serve para empoderar as mulheres, reduzindo o número de casos de violência, combatendo diversas formas de opressão e proporcionando um espaço de promoção e proteção dos Direitos Humanos”, comenta Mateus. O aplicativo já pode ser baixado nas plataformas digitais.
Além da classificação dos locais, outras funcionalidades devem ser adicionadas no aplicativo, como descontos para usuárias, acesso às leis que garantem seus direitos e também o contato de organizações de combate à violência contra mulher.
O aplicativo dos estudantes concorre com outros dois projetos na categoria Diversidade do Campus Mobile, concurso de ideias e soluções para telefonia móvel. Durante o programa os participantes selecionados recebem monitoria de especialistas da área de inovação para o aperfeiçoamento dos projetos. Eles também participam de uma semana presencial em São Paulo, que conta com maratona de programação, palestras e visitas a empresas parceiras.
Os vencedores do concurso serão premiados com uma viagem ao Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, para uma imersão nas principais empresas de tecnologia do mundo, como Google, Facebook, Twitter e até mesmo a Universidade de Stanford, para finalizarem os projetos. O resultado final, com a indicação dos vencedores, será divulgado no dia 6 de maio.
Na noite dessa quinta-feira, na sede do Sindicato da Construção Civil em Volta Redonda, em cerimônia simples foi realizada a entrega dos certificados pelo Movimento Pela Ética na Política (MEP) às mulheres destaques no município. A referência ao destaque fez parte das celebrações de memória e luta das mulheres na marca do dia 8 de março, quando é comemorado o Dia Internacional das Mulheres.
Foram homenageadas a fundadora do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas em Volta Redonda, Jorgina dos Santos. Ao receber a homenagem, ela fez questão de vestir seu avental de trabalho. “Visto-o para marcar minha origem e compromisso com a classe”, discursou agradecida pela homenagem.
A ex-aluna e voluntária no MEP, Karina Avelar, que foi representada pela irmã Camila Avelar, também foi contemplada. Ela enviou por escrito mensagem destacando a importância da luta em defesa dos Direitos Humanos (DHs). “Sigamos na defesa intransigente dos DHs, antirracistas, contra qualquer forma de ódio e preconceito e em luta pelos direitos das mulheres”, escreveu a jovem homenageada.
A cofundadora da Comissão dos DHs em Volta Redonda (1980\1998), Maria Da Graça Vigorito Bertges de Oliveira, que é ligada à Cúria Diocesana de Volta Redonda, em sua emocionante fala fez referência ao Dom Waldyr Calheiros, irmãs Vilma e Marta,Lurdinha Lopes Lopes Gloria Amorim Amorim e outros. Durante o evento ela contou alguns enfrentamentos duros da época. “Tempos difíceis, as pessoas buscavam amparo na Cúria. Lembro-me bem, tantos ameaçados de morte, também buscaram apoio da Comissão”, relatou com emoção Maria da Graça, de 83 anos.
O representante do MEP, José Maria da Silva, o Zezinho, informou que para 2020 irá propor aos outros conselheiros, nominar homenagem às mulheres como “Mulher Destaque – Memória à Marielle Franco”.