Após analisar a denúncia de possível irregularidade na escalação do atleta Lucas Gabriel do Macaé EC, que teria sido relacionado para todas as seis partidas da Taça Rio de 2018, que o mesmo tivesse contrato com o clube, recebida na segunda-feira, dia 2, o Departamento Jurídico do Volta Redonda Futebol Clube, se convenceu do equívoco por parte da equipe do norte fluminense e decidiu que enviará, provavelmente, hoje, uma notícia de infração ao procurador geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ).
Pela documentação analisada, o contrato de Lucas Gabriel se encerrou no último dia 20 de fevereiro e não foi renovado pelo Macaé. Um aditivo do contrato teria que ter sido protocolado junto a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), publicado no BID da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, posteriormente, no BIRA, para que, sem qualquer exigência, o atleta tivesse condições de jogo, o que não foi feito pelo clube do norte fluminense. Diante desse fato, ficou claro que houve um equívoco por parte do Macaé, que descumpriu, por seis vezes, o regulamento do Campeonato Carioca e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, escalando um atleta sem contrato com o clube. Com isso, o Voltaço entende que ignorar este fato atenta contra a segurança e a credibilidade da competição estadual.
A procuradoria tem o prazo de até 60 dias após a realização da partida para oferecer a denúncia e o clube irá amparar suas notificações em processos semelhantes, como nos seguintes exemplos: O caso do Barra Mansa Futebol Clube, em 2015, quando o Nova Iguaçu ofereceu a notícia de infração; Angra dos Reis, em 2016, quando o Gonçalense ofereceu a notícia de infração; Juventus, também em 2016, onde o Araruama ofereceu a notícia de infração. Em todos eles, o procurador, diante dos fatos, entendeu por levar os casos a julgamento, sempre dentro desse prazo de 60 dias, não tendo sido estabelecido nenhum prazo mínimo.
Por fim, a diretoria do Volta Redonda FC esclarece que, antes de decidir pela interposição da notícia de infração, fez contato com dirigentes do Macaé, solicitando que os mesmos apresentassem a documentação do atleta, caso tivessem, o que poderia evitar o oferecimento da mesma, porém, nenhum documento foi apresentado. Assim, o clube reafirma a confiança de que a procuradoria irá analisar a notícia de infração e instaurar o processo para que o próprio Macaé possa se defender e o pleno do TJD-RJ decidir com as provas apresentadas pelas partes.