Em dezembro do ano passado, a Câmara de Vereadores de Volta Redonda aprovou, por unanimidade, uma emenda da lei que regulamenta o transporte coletivo no município, que proíbe a dupla função dos motoristas de ônibus na cidade. De autoria do vereador Pastor Washington Uchôa (PRB), a lei foi sancionada pelo Governo Municipal. Só quem, até hoje não está sendo cumprida pelas empresas de ônibus. E para que ela seja cumprida, o vereador sugeriu em plenário, na noite de segunda-feira, 5, uma paralisação no serviço dos rodoviários com a participação dos motoristas, Sindicato dos
Rodoviários, população e Legislativo.
Segundo esclareceu o vereador, que hoje às 9 horas irá se reunir com a diretoria do Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda, a lei é bem clara quando estabelece sanções e multas aplicáveis em decorrência das infrações cometidas por aqueles que explorem o transporte coletivo local. Mesmo assim, de acordo com o parlamentar, a lei não está sendo cumprida. A idéia, segundo ele, é fazer um dia de paralisação de uma ou duas horas, nas proximidades da Rodoviária Francisco Torres.
O objetivo da manifestação, segundo o vereador, é chamar a atenção das empresas para que cumpram a lei. “Na reunião de hoje vou colocar par a o sindicato que, se não for assim, não tem jeito, a lei não vai ser cumprida. Se não fizermos uma paralisação não vai ter jeito, a pouca vergonha vai continuar e quem perde é a população. Não vou desistir dessa luta e acho que todos devem abraçar a causa também”, destacou Pastor Whashington, lembrando que, ainda mais que a dupla função, além de sobrecarregar o motorista e levar perigo aos passageiros, acaba colaborando com o aumento do desemprego. “Mas somente com todos abraçando a causa é que podemos reverter a situação”, disse o parlamentar.
Para o parlamentar, a lei é uma importante vitória para os motoristas que não pode ser esquecida. O presidente do Sindicato, José Gama, o Zequinha, disse que a luta pelo fim da dupla função, que exige que o motorista dirija e cobre a passagem, obteve uma grande vitória ao ser aprovada pelo Legislativo e sancionada logo depois. Para ele, mais uma vez, a união e mobilização da categoria e da classe foi fundamental para aprovação do projeto de lei, mas agora todos devem se unir novamente para fazer a lei ser cumprida.