VOLTA REDONDA
Acostumada a receber trabalhadores, professores, sindicalistas, estudantes e universitários para lutas trabalhistas e outras, a cidade foi ontem, mais uma vez, o maior palco da Região Sul Fluminense para os atos contra a Reforma da Previdência, o corte de verbas da educação pública, em defesa da aposentadoria e por mais emprego. As atividades começaram cedo, por volta das 5 horas, com concentração nas quatro entradas da Usina Presidente Vargas (UPV), da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), principalmente na Passagem Superior, no bairro Vila Santa Cecília.
Na passagem superior, um caminhão de som bloqueou a entrada. De cima do veículo, os sindicalistas discursaram contra a Reforma da Previdência e outras ações do Governo Federal que eles consideram desmando e covardia e fizeram também críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Todos os acessos à UPV foram liberados por volta das 7h30min após acordo firmado entre sindicalistas e a comandante do 28º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Luciana Rodrigues.
Os manifestantes se concentraram também nas proximidades da Rodoviária Francisco Torres, na Rodovia Nelson Gonçalves, parte de cima, e na Avenida dos Trabalhadores. A Avenida Nelson Gonçalves ficou interditada por meia pista durante algum tempo, mas em seguida foi liberada. Durante as ações pela manhã, os ônibus circularam normalmente. Vale lembrar que a direção do Sindicato dos Rodoviários não aderiu ao movimento nacional, mas garantiu que não iria interferir se os trabalhadores decidissem pelo apoio. Mesmo durante as ações de manhã e da tarde, as três empresas que atendem a cidade colocaram todos os carros nas ruas. As escolas e o comércio funcionaram normalmente. Desde o início, as ações foram acompanhadas pela Guarda Civil Municipal e pela Polícia Militar.
ATOS DA TARDE
Considerados como pontos altos da paralisação, os atos realizados na Praça Sávio Gama, no Aterrado, e na Praça Juarez Antunes, Vila Santa Cecília, atraíram um número de manifestantes considerado bom pelos organizadores. Do Aterrado eles seguiram a pé até a Vila Santa Cecília.
Sindicalistas conhecidos pelas lutas trabalhistas em Volta Redonda e região como Zeomor Tessaro e Sebastião Paulo, ambos do Sindicato da Construção Civil, Maria das Dores Mota, a Dodora do Sepe-VR, a ex-deputada e ativista Inês Pandeló, entre outros, lideraram os atos. Todos consideram boa a greve geral.