PARATY
Uma idosa de 72 anos, que não teve o nome divulgado, foi detida por volta das 6 horas de hoje no bairro Ilha das Cobras. Ela matou no último domingo, dia 6, um gato dentro de um supermercado no barro Parque Mangueira. A confirmação foi feita ao A VOZ DA CIDADE pelo delegado titular da 167ª Delegacia de Polícia (DP), Marcelo Russo, que explicou que a mesma, de origem simples, pretendia fugir devido a repercussão do fato.
O delegado contou ainda que a mulher, que é analfabeta, foi localizada após denúncia de populares. “Ela é muito simples e estava com medo do que aconteceu e pretendia fugir para a casa de parentes em Minas Gerais”, comentou Russo, que mandou uma equipe da Polícia Civil deter a mesma.
“Ela nos contou que no domingo foi ao supermercado comprar um biscoito e que ao passar por uma sessão, foi arranhada pela gata “Nina’, que pertencia aos proprietários do estabelecimento há três anos”, explicou o Russo, completando que na sequência, de acordo com o depoimento da idosa, as pessoas que estavam no local começaram a rir da situação e debochar do fato. “Ela se irritou, segundo disse, com as risadas e foi tomada pelo calor dos fatos. Ela saiu do mercado e disse que viu um pedaço de madeira e resolveu voltar, mas que não tinha intenção de matar o gato, que acabou sendo atingido por duas pauladas”, relatou Marcelo.
REPERCUSSÃO
Desde que as imagens começaram a circular nas redes sociais, muitos comentários negativos foram disparados sobre a atitude da mulher, que até então não havia sido identificada como uma idosa.
O delegado lembra e agradece a população por ter informado sua localização, mas explica que agora cabe a polícia os tramites de punição. “Todo mundo responde pelos seus atos. A partir do momento que você toma a iniciativa de agredir alguém, você vai ter que responder pela sua atitude. Você passa a ser autor de um crime, então não é interessante. As pessoas nos ajudam com informações e identificações das pessoas, comunicando aos órgãos públicos. E neste caso a população foi fundamental para que pudéssemos encontrá-la. Esse é o papel do cidadão e agora ela vai responder pelos atos dela”, concluiu o delegado Marcelo Russo, finalizando que a mesma responderá crime do artigo 22 (crimes ambientais) da lei 9.705 – crueldade a maus tratos.
Ela prestou depoimento e assinou um termo de comprometimento a comparecer ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) quando for solicitada, sendo liberada.