Recentemente, o nome do ex-prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto, foi incluído em uma ação movida pelo Ministério Público (MP). O processo, que apura possível fraude em licitações, foi movida contra ex-presidentes do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ), entre eles o ex-prefeito Neto. Nesta semana, a juíza Mônica Ribeiro Teixeira, da 1ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a exclusão do nome de Neto e de Sebastião Faria da ação.
Vale lembrar que, além de Antonio Francisco Neto e Sebastião Faria, nomes de empresários e de outros ex-presidentes também foram citados na ação do MP. A alegação da Justiça é que o MP não demonstrou de que forma o ex-prefeito e ex- diretor do Serviço Autônomo Hospitalar (SAH), responsável pela administração do Hospital São João Batista (HSJB) em Volta Redonda, engenheiro Sebastião Faria, teriam favorecido as empresas suspeitas de fraude e cartel.
COVARDIA
Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE nesta quarta-feira, 7, o ex-prefeito Neto disse que o que fizeram contra ele foi uma covardia, mas que desde o momento que seu nome foi citado, acreditou que a justiça seria feita. E foi isso o que aconteceu, segundo ele. Disse que o que fizeram com ele foi injustiça, mas que logo foi corrigida, já que seu trabalho no Detran foi exemplar.
Neto disse que foi verificado que fazendo injustiça contra ele. “O que fizeram foi uma covardia muito grande, já que todos os contratos citados no processo aconteceu em 2005 e eu só assumi em 2007”, declarou o ex-prefeito e ex-presidente do Detran. Disse ainda que depois que assumiu o órgão conseguiu gerar uma economia de R$ 226 milhões para os cofres públicos. “Como uma pessoa que faz a economia que fiz poderia estar envolvido em qualquer esquema de faturamento. É lamentável o que ocorreu, pois queria na verdade fazer um estrago na minha vida pública, mas, com certeza, a população me conhece e sabe que eu sempre trabalhei honestamente preservando e respeitando o dinheiro público”, completou Neto.
DEMISSÕES
Ainda de acordo com o ex-prefeito, em sua passagem pelo Detran chegou a demitir 770 pessoas, sendo a maioria por desvio de conduta. “Até hoje se encontrar com quem que trabalhou comigo, com certeza, essas pessoas, por unânime irão dizer da correção que eu e minha equipe fizemos no órgão. Tentaram acabar com o maior patrimônio que tendo, uma vida publica exemplar e sem nenhum envolvimento em casos escusos. É uma injustiça que estão querendo fazer comigo”, desabafou, lembrando que sempre teve a consciência tranqüila e sabia que a injustiça seria corrigida, como foi.
Vale ressaltar que os nomes Gustavo Carvalho e o de Hugo Leal também foram retirados da ação, que continua investigando os outros ex-presidentes citados no processo.