ANGRA DOS REIS
Encerrou no último domingo, dia 6, mais uma edição da tradicional Festa do Divino de Angra dos Reis. A programação movimentou a cidade com atividades culturais religiosas e seculares, incluindo shows musicais com o da cantora Paula Fernandes, que fechou a última noite de celebrações. A Festa do Divino contou com a organização da Secretaria de Cultura e Patrimônio da Prefeitura de Angra dos Reis e da comunidade católica do município. O fim de semana festivo teve ainda atrações como a cantora Maria Rita, na sexta-feira, dia 3, e o cantor José Augusto, no sábado, 4.
Após as atividades religiosas de domingo, o cortejo com o Menino Imperador chegou ao Cais de Santa Luzia ao fim da tarde para seu último dia de império. O encerramento contou com uma bela queima de fogos, ao som da banda Jardim Sarmento tocando o hino de Angra, e a tradicional queima do quadro glória, símbolo do domingo de Pentecostes e da paz entre os povos, com a imagem do Divino Espírito Santo. “Foi uma experiência muito divertida e muito emocionante”, disse João Pedro, sobre ter sido o Menino Imperador.
DANÇAS TÍPICAS DO IMPÉRIO DO DIVINO
Antes do encerramento, João Pedro, ainda como Menino Imperador, assistiu às danças típicas do festejo no palco do Império do Divino, montado no Cais de Santa Luzia. Juntamente com ele, milhares de pessoas também prestigiaram a dança dos Coquinhos, realizada pelas crianças, que representam os filhos de escravos que dançavam homenageando o Menino Imperador; a dança dos Lanceiros, que são o corpo de guarda do Menino Imperador; a dança dos Velhos, que representam os antigos escravos que dançavam em sua homenagem; a dança das Jardineiras, representando as vendedoras de flores que distribuíam bolachas bentas no dia de Pentecostes.
A última dança foi a dos Marujos, que são os marinheiros que traziam o Menino Imperador, misturando dança, marcha e formações semelhantes às militares. O destaque foi para o pequeno Josimar, de cinco aninhos, comandante da barquinha que luta contra o canhão. A luta da barquinha contra o canhão representa, respectivamente, a luta do bem contra o mal.
A noite teve ainda o som cheio de suingue de Zampaglione e sua banda, que fizeram o povo dançar no “Baile do Zampa”, e do grupo Nosso Som, que tocou alguns clássicos do pagode para todo mundo cantar junto. A estrutura do Cais de Santa Luzia contou com dois palcos, barracas de comidas e bebidas e com o trabalho de diversos setores da Prefeitura de Angra, da Polícia Militar e demais órgãos, tudo para receber bem e com segurança moradores e visitantes.
PAULA
FERNANDES
A grande atração da noite subiu ao palco principal pouco antes da meia-noite. Daí em diante predominaram o som da sanfona e a voz grave e marcante de Paula Fernandes. A cantora foi do sertanejo universitário às modas caipiras de raiz, demonstrando sempre o mesmo talento e presença de palco que fizeram dela uma das artistas de maior sucesso na música brasileira.
Paula Fernandes cantou seus sucessos, como “Não precisa” e “Pra você”, além de clássicos do cancioneiro sertanejo, como “Nuvem de lágrimas” e “Ainda ontem chorei de saudade”. A cantora também tocou sucessos de Marília Mendonça, como “Eu sei de cor”. O público também sabia.
“Eu me sinto lisonjeada de ter sido convidada para participar da Festa do Divino de Angra dos Reis, pois sei o quanto ela é importante para a cidade”, disse Paula Fernandes, para as milhares de pessoas que a assistiam e cantavam junto com ela.
