RESENDE
O município aderiu a Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. A informação foi da Coordenadoria da Mulher que se reuniu esta semana para fechar a participação. O projeto é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que busca oferecer canais de denúncia para mulheres vítimas de agressões e ameaças em farmácias ou drogarias espalhadas pela cidade.
A campanha, que possui abrangência nacional, tem como objetivo o enfrentamento à violência contra a mulher durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), tendo como aliadas as farmácias e drogarias, serviços essenciais (que permanecem abertos) durante o período de isolamento social. O crescimento dos índices da violência doméstica tem sido uma tendência mundial durante o período de isolamento e motivou a campanha.
De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), houve um aumento médio de 14,1% das denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, nos primeiros quatro meses de 2020 em relação ao ano passado. Ainda segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, 90% dos casos de violência contra a mulher ocorrem na casa da vítima.
Em razão desta nova demanda, a Coordenadoria da Mulher promoveu o treinamento de atendentes e farmacêuticos do município para adesão à campanha. A capacitação contou ainda com a participação do Juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende, responsável pelos casos de Violência Doméstica, Guilherme Martins Freire. Em Resende, 14 estabelecimentos já aderiram à campanha e se tornaram parceiros da ação.
Segundo a coordenadora da Coordenadoria da Mulher, Sheila Cristina Freire, a campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica é mais uma forma de denunciar a violência e divulgar a rede de proteção, principalmente nesse momento de isolamento social. “As 14 farmácias e drogarias parceiras estarão identificadas com o cartaz da campanha, produzidos pela Prefeitura de Resende”, disse a coordenadora.
O prefeito Diogo Balieiro Diniz afirmou que o êxito na formação da rede de proteção às mulheres só foi possível devido a sensibilidade dos empresários e de seus colaboradores. “Com isso, teremos como fornecer acolhimento e socorro às mulheres em situação de violência, seja esta física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial. Trata-se um ato solidário e de responsabilidade social”, disse Diogo.