VOLTA REDONDA
Diagnosticado com ceratocone no ano passado, durante uma consulta em Volta Redonda, o adolescente Eduardo de Sousa Nascimento, de 12 anos, residente no bairro Água Limpa, foi submetido, em abril do ano passado, a um transplante de córnea do olho esquerdo. Agora, ele necessita de outra cirurgia no olho direto, a crosslinkingd colágeno, devido à progressão do ceratocone. Para isso, a família, que não tem condições de arcar com a cirurgia, necessita de R$1.600. Para arrecadar a quantia, a família lançou uma campanha e quem puder e quiser ajudar com qualquer valor o PIX é (24) 992902133.
A mãe do menino, a técnica em enfermagem, Roseli Vieira de Sousa Nascimento, de 47 anos, informou que tem um ano de quatro meses que ele está em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Oftalmológico de Sorocaba/Banco de Olhos de Sorocaba (BOS). Ele foi encaminhado de Volta Redonda para o BOS, mas por ele não ser morador da cidade de Sorocaba, a unidade hospitalar não cobre esse procedimento pelo SUS.
Além disso, a mãe contou que mesmo contando com o transporte gratuito oferecido pela Prefeitura de Volta Redonda, a família tem que arcar com outros gastos. “Mesmo após a cirurgia de transplante de córnea, meu filho não ficou no hospital. Recebeu alta logo, mas até hoje tem que retornar para a revisão e o tratamento na oura vista. Tem semana que a gente vai para lá até três vezes, pois os médicos têm que fazer o acompanhamento direto e o dia que a consulta é marcada temos que estar lá”, informou a mulher, lembrando que mesmo assim, a preocupação agora é conseguir esse valor para a realização da cirurgia crosslinkingd.
NECESSITA DE USAR LENTES
Roseli explicou ainda que, o transplante de córnea aconteceu em abril do ano passado e que até agora ele não conseguiu usar a lente, pois essa também o SUS não oferece de graça. “Mesmo com o transplante de córnea, ele não enxerga direito. Ele precisa usar uma lente especial, mas ainda não conseguimos comprar. Mas como a cirurgia do outro olho é necessária para que a doença não progrida, estamos focados em conseguir o valor para isso. Depois tentaremos para as lentes que vão ser necessárias para os dois olhos”, explicou a mãe.
A mãe contou também que Eduardo sempre foi um menino alegre e que gostava de ir para a escola. “Hoje, ele não quer saber de nada. Muito desanimado vai para a escola. Só quer ficar em casa. É triste ver um filho iniciando a vida e tão triste assim. Por isso, estamos pedindo a ajuda de todas as pessoas para que o meu filho volte a enxergar e sorrir. Se não conseguir fazer a cirurgia e comprar as lentes ele corre o risco de ficar cego”, concluiu a mãe de Eduardo.
Família luta na Justiça para que município disponibilize serviço de Home Care para filho com microcefalia
RIO CLARO
A moradora de Rio Claro, Cristiane Aparecida Justiniano, de 38 anos, conversou com o A VOZ DA CIDADE sobre um problema que vem enfrentando na Justiça para conseguir um serviço de Home Care para seu filho de três anos. A criança, Carlos Vitor da Silva Justiniano, tem microcefalia, convulsões e paralisia cerebral. Ele está internado há cerca de um ano, em um hospital particular de Barra Mansa. No entanto, a criança recebeu alta em novembro de 2018, mas, para ir para casa, ele precisa do serviço médico em domicílio. Segundo a mãe, o plano de saúde, que é disponibilizado pela empresa onde o pai é fichado, não cobre o serviço, e, a Prefeitura de Rio Claro se recusa a oferecer o auxílio alegando que a criança possui o convênio. Já a prefeitura diz que a decisão judicial ainda não foi cumprida porque a criança está internada e não tem previsão de alta médica.
No entanto, a mãe da criança explicou que a família, após entrar na Justiça, conseguiu uma liminar em fevereiro de 2019, que determinava que a prefeitura deveria oferecer o serviço de Home Care para a criança, mas a mesma não teria acatado a ordem. Cristiane ainda explicou, que por conta da demora do caso, a criança vive entrando e saindo da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa das infecções, e, no momento ele está na unidade em tratamento. “Ele vai sair em breve, e receberá a alta novamente. Nós queremos urgência no caso para ele não precisar voltar para a enfermaria e correr o risco de uma nova infecção”, disse, relatando que se em fevereiro a criança tivesse recebido o serviço médico em casa, ele não estaria na UTI no momento.
O pai do menino, Carlos Roberto da Silva, de 45 anos, lamenta a situação, pois o filho já adquiriu cerca de cinco infecções no hospital. “O médico disse que essa situação é perigosa, o organismo dele começará a ser resistente aos antibióticos e não conseguirá mais combater as infecções”, disse, pedindo que o processo seja agilizado. “Queremos que o juiz dê prioridade ao nosso caso, pois meu filho corre risco nessa situação”, ratificou.
RELATÓRIO MÉDICO
O relatório médico do hospital consta que a criança apresenta propensão à complicação infecciosa, principalmente pulmonar. O laudo destacou ainda o risco infecção se o paciente for mantido em ambiente hospitalar. Os itens necessários listados pelo hospital para o tratamento em casa são: Cloreto de NA 0,9 (8frascos/ dia); Equipo Enteral (seis vezes ao dia); Frasco de Nutrição Enteral (seis vezes ao dia); Sonda de aspiração (oito vezes ao dia); Luva Estério e Aspirador Portátil para aspiração TQT.
Já os recursos humanos necessários são um técnico de enfermagem 24 horas, enfermeiro semanalmente para avaliação dos cuidados; nutricionista para avaliação adequada e dosagem através de cálculo de proteínas, lipídios e carboidratos; fisioterapia respiratória e motora diária; e, atendimento médico periódico (semanalmente).
PRONTA A CUMPRIR
Segundo nota enviada pela Prefeitura de Rio Claro ao jornal, há realmente a decisão para cumprimento da instalação do sistema de Home Care para o menor, porém, não é possível o cumprimento do mesmo porque a criança está internada e sem previsão de alta, diz a prefeitura. “Oportunidade esta, que trazemos a conhecimento dos leitores que o menor se encontra nesta data um Unidade de Tratamento de Terapia Intensiva, ou seja, sem condições de obter alta médica, haja vista o quadro de saúde apresentado. Importante ainda, trazer a conhecimento dos leitores, que o menor possui de plano de saúde particular, e que a implantação do sistema ‘Home Care’ poderá ser realizado através do plano de saúde”, diz a nota.
Cita ainda a nota que a decisão do juiz determina que o pai do menor esclareça porque o plano de saúde do menor não foi acionado para implantação do sistema de Home Care, além de um ofício do hospital no qual está internado, para que envie ao juiz o laudo médico que comprove a transferência da criança não afetará seu tratamento. Esse laudo ainda não foi enviado.