RESENDE
O diretor- geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi e o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Alburquerque, visitaram nesta sexta-feira, dia 16, a Fábrica de Combustível Nuclear, instalado no complexo das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), localizada no distrito de Engenheiro Passos. Grossi veio ao Brasil comemorar os 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc) e conhecer diversas instituições ligadas ao setor nuclear no país.
Os convidados foram recepcionados pelo presidente da INB, Carlos Freire, e pela diretoria da empresa e estiveram na Usina de Enriquecimento de Urânio. Durante o encontro, foi explicado como a empresa atua em todo o ciclo do combustível nuclear e as etapas de implantação das cascatas de enriquecimento de urânio. Para registrar essa data importante para a INB, foi confeccionada uma placa que foi descerrada pelo diretor-geral e o ministro.
Para Grossi, a visita na INB, embora tenha sido breve, foi essencial pela relevância histórica da empresa no plano internacional para o setor nuclear. “Nessa minha primeira visita à America Latina toda, eu tinha que passar na INB, que tem essa fase de enriquecimento de urânio que é muito importante, e que tem uma visão clara, sólida e previsível das necessidades do Plano Nacional de Energia. Uma visita curta, mas extraordinária”, destacou o diretor, que ressaltou ainda a necessidade de acompanhar o desenvolvimento da indústria brasileira com espírito de cooperação e parceria.
Ao lembrar que o Brasil é um país membro e fundador da Agência, o ministro Bento Albuquerque afirmou que o órgão tem sido muito importante para o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. “A visita do diretor-geral, o nosso embaixador Rafael Grossi, apenas demonstra essa relação de cooperação cada vez mais intensa entre o Brasil, o Programa Nuclear Brasileiro e a AIEA”, enfatizou o ministro.
Durante a visita, o presidente da INB destacou que o papel da Agência é fundamental para a empresa. “Ter o Brasil como um dos seus países membros dá transparência para o trabalho da INB e segurança aos nossos stakeholders de que as atividades são desenvolvidas de forma segura, seguindo os padrões internacionais”, disse Freire, que reforçou o compromisso da empresa em manter um relacionamento harmonioso com seus órgãos fiscalizadores.
OUTRAS INSTITUIÇÕES
Também nesta sexta-feira, o diretor geral da AIEA, Rafael Grossi e o ministro de Minas e Energia, Bento Alburquerque, estiveram em outras instituições ligadas ao Programa Nuclear Brasileiro como a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto da Eletronuclear, em Angra dos Reis, e a Base Naval de Itaguaí.
FISCALIZAÇÃO
A atividade de enriquecimento de urânio no Brasil é fiscalizada por três instituições: Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Agência Brasil – Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
A AIEA como órgão fiscalizador dá a garantia de que o urânio enriquecido no País é utilizado apenas para fins pacíficos, conforme determinado na Constituição Federal.
O enriquecimento de urânio é uma das etapas do ciclo do combustível nuclear, nome que se dá ao conjunto de processos industriais que transformam o minério urânio no combustível que gera energia nos reatores nucleares.