BARRA MANSA
O sábado foi dia de doação de sangue. É que o Hemonúcleo de Barra Mansa decretou estado crítico por conta do baixo número de doadores em fevereiro e abriu suas portas para que as pessoas pudessem comparecer e doar sangue. A medida visa evitar o desabastecimento total, já que de janeiro a fevereiro houve uma queda de 49% no número de doações.
Segundo o coordenador do Hemonúcleo de Barra Mansa, Sérgio Murilo Conti, a redução no número de doadores se deve a dois fatores: o carnaval e a vacinação contra febre amarela. “Nós contamos com a colaboração de voluntários, que são aquelas pessoas que vem e doam e aqueles que chamamos de reposição, que são os que vem porque um parente ou amigo que precisou usar sangue e eles vêm doar, repor esse estoque. No período do carnaval já é esperado, mas este ano ainda tivemos a questão da vacinação contra febre amarela. Então quem se vacinou precisou esperar pelo menos 30 dias para poder doar sangue novamente, e isso acabou afetando um pouco o nosso estoque”, comentou Conti.
O coordenador explicou que para que o estoque de sangue permaneça seguro, é preciso de 30 doações por dia, isso por conta da periodicidade do sangue e de seus hemoderivados. “As plaquetas por exemplo têm uma validade de cinco dias, o concentrado de hemacias um pouco mais de um mês. Então com esse número de 30 pessoas conseguimos manter o nosso estoque, já que somos responsáveis pelo abastecimento de 100% das cidades de Barra Mansa, Valença e Rio das Flores”, comentou.
O coordenador esclareceu que todo o interessado em doar, e até mesmo o sangue, passam por uma triagem criteriosa. Nessa seleção são atestadas se o doador sofre de doenças como Hepatites, Doença de Chagas, Sífilis, HIV, entre outras. Em caso de qualquer alteração, o sangue não é aproveitado.
Conti se mostrou satisfeito com a adesão de voluntários, que até o fim da manhã, já quase atingia a meta estipulada para um dia.
“Já foram cerca de 20 pessoas e a recepção deve ter pelo menos mais umas cinco pessoas. Muitas pessoas disseram que vieram porque viram nos jornais, ouviram na rádio que o Hemonúcleo estava precisando e que neste sábado abriria”, lembrou.
Quem esteve na unidade e fez sua doação foi auxiliar de serviços gerais Crevenilson Ambrósio. Ele contou que começou a doar por causa do pai. “Meu pai é doador e ele não pode vir, então eu vim”, falou.
Para doar sangue é preciso ter mais de 16 anos de idade. Os menores de idade precisam de autorização dos responsáveis. O doador tem que estar bem de saúde, ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24, não ter visitado áreas consideradas de risco de transmissão de febre amarela e pesar mais de 50 quilos. Outra indicação importante é que o doador deve ter se vacinado contra a febre amarela há mais de 30 dias. O Hemonúcleo funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 11 horas, anexo à Santa Casa de Barra Mansa situada na Rua Pinto Ribeiro, 205, Centro.
Queda no número de doações chegou a 49%, de janeiro a fevereiro; carnaval e vacinação contra febre amarela são apontadas como causas