VOLTA REDONDA
Muita música, literatura, feira de artesanato e o lançamento do projeto de fomento ao grafite marcaram as comemorações do Dia do Arigó, celebrado todo dia 5 de abril. A festa, que aconteceu no térreo da Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília, foi realizada pela Prefeitura de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). O evento contou também com a presença e participação literária das conselheiras de cultura de Volta Redonda: Margot Ramalhete, Raquel Leal e Elisa Carvalho.
A solenidade de abertura do evento contou com a apresentação da Banda e do Coral Municipal da Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre). A partir das 9 horas, foi aberta a tradicional feira de artesanato, inclusive com venda de itens que remetem ao Arigó.
O secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza, destaca que esse é o segundo ano que a cidade comemora a data, para lembrar os construtores de Volta Redonda, chamados de Arigó. As atividades serão sempre voltadas para a educação, cultura e turismo. “No evento de hoje tivemos apresentação do Coral e Banda Municipal, leitura de poesia e de um texto falando sobre o Arigó, e o que ele simboliza para a nossa cidade. Além disso, durante o dia todo, as pessoas poderão comprar as peças produzidas pelas artesãs, cuja grande maioria é voltada para o pássaro Arigó. Essas peças fazem parte de uma política cultural, como, por exemplo, o Cristo Redentor é para a cidade do Rio de Janeiro. Cada vez que um turista quiser levar um símbolo de Volta Redonda, ele levará um Arigó. Então, toda vez que a gente marca essa data a gente reforça essa marca”, explicou o secretário de cultura.
POLO STREET ART
A festa contou ainda com o lançamento do Polo Street Art – iniciativa da Fundação CSN em parceria com a prefeitura para estimular a produção artística e fomentar a linguagem do grafite, além de formar grafiteiros para atuarem no mercado de trabalho da região. “Através dessa parceria será possível promover a ocupação urbana em conjunto a Fundação CSN. Vamos fazer cinco oficinas de grafite nas periferias, beneficiando cinquenta alunos. Então a gente vai ter um número grande de alunos sendo formados, em três meses, nessas oficinas”, explicou Anderson de Souza.
A coordenadora do Centro Cultural Fundação CSN, Jeane de Carvalho, destacou que a criação um polo de street vai fomentar a questão da arte urbana na cidade, que será trabalhada com foco no Arigó. “O foco é a formação dos jovens. Volta Redonda conta com bons grafiteiros, mas em número reduzido. Então a Fundação CSN, em parceria com a prefeitura, quer fomentar essa questão do jovem e da arte, para que eles possam trabalhar através do grafite”, disse a coordenadora.
O DIA DO ARIGÓ
A data foi instituída pela Lei Municipal 5.869, de 2021. Na data, de acordo com a legislação, podem ocorrer atividades relacionadas à cultura, ao turismo e à educação. Como parte das comemorações, podem ser feitas feiras de artesanato, temáticas, exposições de artes, peças literárias (poemas, contos e crônicas), em locais a serem indicados pelo Poder Público, além de atividades nas escolas e circuitos turísticos por pontos estratégicos da cidade.
A palavra Arigó refere-se aos trabalhadores de origem mais humilde. Em Volta Redonda, com o passar dos anos, o termo ganhou contornos mais lúdicos. O nome Arigó passou a ser relacionado com as aves de arribação, que são pássaros que migram para outros territórios em busca de sobrevivência. Desta forma, artistas e artesãos fazem uma relação direta do pássaro com os trabalhadores que vieram para a construção da CSN, na década de 40, e participaram da construção de Volta Redonda.