VOLTA REDONDA
A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda, realiza a partir desta sexta-feira até o próximo dia 24, sexta-feira, a “Semana Municipal de Prevenção e Combate ao Racismo” – estipulada pela Lei Municipal 6.298/2023, do vereador Edson Quinto e sancionada pelo prefeito Antonio Francisco Neto. O evento tem a parceria da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) e da Coordenadoria Municipal da Juventude (CoordJuv).
A programação começa nesta sexta, 17, com duas atividades: a oficina “A necessidade de uma perspectiva afro-futurista no combate ao Racismo”, às 7h, na Escola Municipal Professor Paulo Freire, no bairro São Sebastião; e a oficina ‘Identidade afro-brasileira’, que acontece às 14h no Centro de Socioeducação Irmã Asuncion de La Gándara Ustara (CENSE Volta Redonda).
PROGRAMAÇÃO COM AS DEMAIS ATIVIDADES:
22/11 (quarta-feira), às 14h: “Formação de Servidores Municipais Promovendo a Saúde Mental da População Negra: Um diálogo necessário”. Local: UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), Campus Aterrado/Volta Redonda.
23/11 (quinta-feira), às 10h: Oficina “Territórios negros e a promoção da Igualdade Racial”, na Escola Estadual São Paulo, bairro São Lucas.
23/11 (quinta-feira), às 14h: Oficina “A Identidade da Mulher Negra; Desconstruindo estereótipos, no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) São Sebastião.
24/11 (sexta-feira), das 9h às 12h: Oficina “O imaginário do Negro na Sociedade: Reconstruindo Olhares”. Local: Cras Roma 2.
EVENTO ACONTECERÁ NA SEMANA NO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
De acordo com a nova legislação, a “Semana de Prevenção e Combate ao Racismo” em Volta Redonda acontecerá sempre na semana do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e tem por objetivo estimular ações educativas e preventivas, promover debates e outros eventos sobre políticas públicas acerca do tema, apoiando as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil.
O Poder Executivo é responsável por criar, organizar e implementar todas as ações necessárias à realização do evento, podendo firmar parcerias com iniciativas públicas ou privadas, pessoas físicas ou jurídicas, universidades e entidades, visando as atividades alusivas à Semana Municipal de Combate e Prevenção ao Racismo.
Projeto do vereador Edson Quinto propõe Semana de Prevenção e combate ao Racismo, em Volta Redonda
VOLTA REDONDA
Aprovado em primeira votação na sessão da noite de terça-feira, 3, pela Câmara de Vereadores de Volta Redonda, o Projeto de Lei que propõe a “Semana de Prevenção e Combate ao Racismo” no município. A proposta, de autoria do vereador Edson Quinto, recebeu amplo apoio dos demais parlamentares.
De acordo com Edson Quinto, o objetivo da proposição é criar um período dedicado à conscientização e combate ao racismo na cidade, prioritariamente próximo ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro. “A ideia por trás da iniciativa é promover a igualdade racial, incentivar o diálogo sobre a questão racial e combater atitudes discriminatórias”, disse o vereador.
O parlamentar declarou que a Semana de Prevenção e Combate ao Racismo será um momento importante para a cidade de Volta Redonda. Explicou anda que, o racismo é uma realidade que infelizmente persiste na sociedade. “Com essa semana, queremos criar um espaço para discutir e educar sobre o tema, promovendo o respeito à diversidade racial e étnica”, informou Quinto, lembrando que o PL agora aguarda a segunda votação no Legislativo antes de ser encaminhado para a sanção do prefeito Antonio Francisco Neto. “Com a aprovação, nossa cidade dará um importante passo na promoção da igualdade racial e no combate ao racismo”, completou o parlamentar.
Segundo o autor do projeto, a proposta prevê a realização de atividades educativas, culturais e de conscientização durante a semana dedicada ao combate ao racismo. Essas atividades podem incluir palestras, exposições, debates, apresentações culturais e outras ações voltadas para sensibilizar a população sobre a importância da igualdade racial.
VOLTA REDONDA
O dia 21 de março é marcado como Dia Internacional contra a Discriminação Racial e como Dia Nacional de Combate ao Racismo. E Volta Redonda conta com uma rede de órgãos de apoio, denúncia e combate ao racismo. Qualquer pessoa que se sinta ofendida ou humilhada por ofensas e comportamento racista pode procurar a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH), no bairro Nossa Senhora das Graças, de segunda a sexta-feira, ou entrar em contato pelo telefone 3339-9215. O município é um dos 30 que participa do pacto estadual das “Cidades Antirracistas”.
A pessoa ofendida pode acionar a Divisão de Promoção da Igualdade Racial da SMDH, que tem Juliana Sampaio como diretora, para o atendimento e fazer o encaminhamento das providências. Ou procurar a direção do Memorial Zumbi dos Palmares, na Rua 23, Vila Santa Cecília – telefone 3342-9870. E ainda os demais órgãos públicos de defesa: Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Comuppir/VR) com sede no Memorial Zumbi.
A rede da cidade conta também com o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Intolerância Religiosa (Navir), telefone (21) 3892-3985; a 93ª Delegacia de Polícia (DP) Civil, no Aterrado, 3339-2169. O cidadão também pode buscar apoio da Defensoria Pública Estadual, no Aterrado, contato pelo telefone 3347-7149.
CRIMES DE RACISMO
A secretária Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos de Volta Redonda, Glória Amorim, defende o lema que “só haverá democracia no país quando não houver racismo de nenhuma forma na sociedade brasileira”, e condena atitudes racistas contra grupos ou indivíduos. “O racismo no Brasil atua como estímulo para a manutenção de uma estrutura social pautada nas desigualdades de acesso e de oportunidades. É importante destacar que o racismo no Brasil muitas vezes se manifesta de uma forma velada, devido à naturalização da discriminação que acompanha as relações sociais mais cotidianas e contribuem para este silêncio. O racismo não se associa tão somente com o preconceito contra a população negra. As atitudes racistas são direcionadas contra qualquer raça ou etnia que seja historicamente marginalizada, sejam negros, indígenas, ciganos, refugiados, imigrantes, etc.”, afirmou a secretária.
A psicóloga e diretora da Divisão de Promoção da Igualdade Racial, Juliana Sampaio, destaca que o crime de Injúria Racial tipificado por lei acontece “quando ocorre ofensa contra a honra de uma pessoa, usando como base aspectos como raça, cor da pele, etnia, religião ou origem da mesma”. A pena foi aumentada, de 1 a 3 anos passou a ser de 2 a 5 anos de reclusão.
São considerados crimes de racismo pela legislação federal, sempre que baseado em discriminação racial: quando alguém é impedido ou tem seu acesso recusado em estabelecimento comercial; alguém é impedido de acessar cargo público ou a emprego em empresa privada; promoção ou ascensão funcional; alguém é impedido ou tem recusado o seu ingresso de aluno em estabelecimento de ensino; alguém é impedido de acessar as entradas sociais em edifícios públicos ou privados. Ou de usar os transportes públicos; alguém é impedido ou negado de formar relação, casamento ou convivência familiar e social.