VOLTA REDONDA
Aprovado em 2018, e desenvolvido desde 2021 pelo adestrador Rafael Martins, o trabalho de cinoterapia, terapia com cachorros, atende crianças, jovens e adultos da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Físicos de Volta Redonda (Apadefi-VR). A “Cino” é uma palavra que vem do grego e significa cachorro. Trata-se de uma forma de terapia que treina os cães para ajudarem pacientes de hospitais, idosos em instituições de longa permanência, como os asilos, crianças e pessoas com doenças mentais e outras deficiências.
Rafael Martins contou ao A VOZ DA CIDADE que faz o trabalho da cinoterapia na Apadefi-VR, que fica no bairro Retiro. “Nós iniciamos com esse projeto em 2021, que é junto com o Programa Nacional de Apoio e Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas) desenvolvido pelo Governo Federal e Governo do Estado”, disse.
Atualmente, de acordo com o adestrador, 52 pessoas, entre crianças a partir de dois anos de idade, jovens e idosos são atendidos. “A maioria dos atendimentos são crianças autistas, pessoas com paralisia cerebral e cadeirantes também. O trabalho da cinoterapia, a terapia com cachorros, é realizado na Apadefi-VR por três profissionais, eu, um professor de educação física e uma psicopedagoga”, informou Rafael Martins.
Com relação ao objetivo do trabalho, o adestrador garantiu que é fazer com que essas crianças tenham uma interação com os cães, a partir dos problemas que os pais relatam. “A gente utiliza o cachorro para poder trabalhar esses problemas psicológicos dessas crianças, dessas pessoas”, contou Rafael, ressaltando que esse trabalho atende crianças autistas e as pessoas adultas com paralisia, além de cadeirantes e adultos e jovens com problema de socialização, como higiene pessoal.
QUANTIDADE E QUALIDADE
Segundo informou o coordenador executivo da Apadefi, Rodolfo Levenhagen, o projeto tem como objetivo ampliar os atendimentos em quantidade e qualidade. “Dessa forma buscamos agregar novas terapias como a cinoterapia. A coordenação de projetos realizou estudo sobre essa técnica, os recursos humanos necessários e os resultados”, contou Levenhagen.
Rodolfo lembrou ainda que a Apadefi apresentou e conseguiu aprovar o projeto junto ao Governo Federal no programa Pronas. “Depois conseguimos o aporte dos recursos das empresas CSN e Ambev através de incentivo fiscal, o que reforça o reconhecimento do trabalho de excelência da Apadefi, sempre buscando novas técnicas e terapias para garantir mais qualidade de vida para os atendidos”, concluiu.