ITATIAIA
A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Itatiaia, Luciana Cavallari, participou em Volta Redonda da Campanha de Conscientização para Combater os Crimes de Violência Contra as Mulheres no
Centro de Socioeducação Irmã Asunción de La Gándara Ustara (Cense) daquele município. O Cense faz parte do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) do Estado do Rio de Janeiro e desenvolveu a atividade, em parceria com a pasta, dentro do “Agosto Lilás”, iniciativa que busca conscientizar a sociedade sobre a questão da violência contra as mulheres.
Luciana Cavallari pelo segundo ano consecutivo retornou, esta semana, ao Cense para proferir palestra para os adolescentes que estão em cumprimento de medida socioeducativa. Ela apresentou os diferentes tipos de agressão contra mulheres, abordando medidas de prevenção e combate à violência, buscando criar uma conscientização da gravidade destes atos. “O objetivo é fazer com que os internos tenham conhecimento dos tipos de violência e seus efeitos, além disso, que sejam multiplicadores para que a informação chegue ao maior número possível de lares da nossa sociedade”, explica a secretária.
De acordo com a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Itatiaia a Justiça brasileira recebe em média, 2,5 mil processos de violência contra a mulher por dia, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mais de 380 mil casos foram registrados pelo órgão, em apenas cinco meses de 2024 – de janeiro a maio.
Com base em dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em 2023 quase 11.700 adolescentes estavam inseridos no Sistema Socioeducativo no país, nas modalidades de restrição e privação de liberdade, sendo 9.656 em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade e internação, 222 em internação sanção e 1.786 em internação provisória.
Luciana disse que falar para diferentes públicos, como os adolescentes que estão sob a guarda do Departamento Geral de Ações Socioeducativas, leva informação, conscientização e a possibilidade de gerar uma mudança de comportamento quanto ao problema da violência contra as mulheres, que atinge a todos. “É fundamental que a sociedade esteja atenta e busque formas de esclarecimento e combate à essa violência. Trazer esse tema aos adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação e que, em alguns casos, respondem por atos infracionais dessa natureza, desperta um olhar e uma atenção especial a esse público e pode provocar mudanças favoráveis na sua caminhada. Precisamos falar sobre violência contra a mulher para todos e em todos os lugares”, afirma a secretária.