Mais de 400 ciclistas, entre inscritos e ‘pipocas’ (não inscritos, mas que foram pedalar com os amigos) participaram do 1º Pedal Quatis – Rota do Quilombo, no domingo. O ponto de partida e chegada foi o Clube Náutico Quatiense, onde foi preparada toda estrutura para os ciclistas e também para aqueles que não foram ao passeio, mas queriam curtir um dia agradável com amigos e familiares. No local havia várias opções de alimentação, lojas especializadas em produtos para os ciclistas e muito artesanato produzido pelas artesãs locais. A prova teve dois percursos: 33 e 43 quilômetros de muitas subidas e belas paisagens. Entre os presentes, além das cidades circunvizinhas, o evento contou com a participação de ciclistas representando Campo Grande (RJ), Angra dos Reis, Niterói (RJ), Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro. O 1º Pedal Quatis – Rota do Quilombo contou com o apoio da Prefeitura de Quatis, que cedeu duas ambulâncias com enfermeiros e motoristas; dois veículos com motorista; oito estagiários, e também contou com o auxílio da Guarda Municipal de Quatis.
Otávio Guimarães, um dos organizadores, disse que no contexto geral, o evento foi um grande sucesso. “Inicialmente, teríamos apenas 300 inscritos, mas fechamos com 330. Outros que não realizaram a inscrição se juntaram ao grupo. De maneira geral o vento foi um sucesso, recebemos muitos elogios, e claro, algumas críticas construtivas, sobre a organização e também sobre o percurso que exigiu um pouco de resistência para muitos”, comentou o organizador. Falando sobre as críticas recebidas, Otávio disse que haverá uma reunião para avaliação dos pontos negativos apontados pelos participantes. “Este foi o primeiro de muitos eventos que pretendemos organizar, e toda crítica é, e sempre será muito construtiva. Uma grande falha foi com relação aos pontos de hidratação. Assumimos que falhamos neste quesito e este é o principal ponto que iremos corrigir para os próximos eventos que estamos estudando realizar”, adiantou Otávio revelando que uma reunião será realizada para avaliar todos os pontos positivos e negativos. “Mesmo sabendo que todo e qualquer evento, não há como atingir 100% de satisfação, mas não podemos nos acomodar. Temos que aperfeiçoar o que deu certo e corrigir os pontos que não deram certo. E para que isso possa acontecer, ainda nesta semana estaremos nos reunindo para avaliar cada sugestão e cada crítica” adiantou.
Acidente
O organizador disse também que, um ciclista, de Campo Grande, sofreu um acidente e, que por uma falha da organização, a primeira ambulância que chegou para prestar socorro estava sem a prancha para remoção, e que por isso ele teve que aguardar um pouco mais para ser removido do local do acidente. “Ele sofreu uma queda forte e a primeira ambulância que chegou para o socorro, não teve condições de removê-lo, pois não estava devidamente equipada e essa situação será informada a Prefeitura de Quatis que cedeu às ambulâncias”, lamentou Otávio, informando que logo em seguida, um dos motociclistas que prestaram apoio ao evento, rapidamente acionou outra ambulância e o atleta foi removido e prontamente atendido no Hospital São Lucas. “Ele fraturou o cotovelo e o pé e teve alguns cortes, mas no domingo mesmo teve alta e seguiu para sua residência em Campo Grande” revelou o organizador informando que está em contato com o ciclista que, apesar das fraturas, passa bem.
Organização e nível de dificuldade
O A VOZ DA CIDADE conversou com os integrantes do grupo ‘Os Sem freios’, de Angra dos Reis, que esteve presente ao evento com 32 ciclistas. Eles avaliaram desde a organização do evento, nível de dificuldade do trajeto e também os pontos positivos e negativos.
Lívia Ferreira da Silva Espósito, que é uma das administradoras do grupo angrense, disse que todos saíram satisfeitos do passeio. “Fomos para o pedal sem saber do nível de dificuldade, não conhecíamos o local e estamos acostumados apenas com o asfalto, uma vez que, em Angra não temos muita opção de estrada de terra. Apesar de toda dificuldade, todo limite de cada um, todos saíram bastante satisfeitos com o desempenho e com o evento”, comentou a ciclista já na expectativa dos novos desafios.
Organização
Jéssica Calixto fez questão de ressaltar o apoio dos motociclistas durante todo o percurso e também a sinalização dos pontos mais perigosos. “Gostaria de parabenizar a organização pelo empenho em realizar um evento com excelência, não se esquecendo de nada, o apoio dos motociclistas foi essencial durante o percurso, na trilha, as sinalizações tiveram grande importância para os participantes indicando o grau de risco, nos alertando sobre os pontos mais perigosos, principalmente nas decidas. Também ressalto sobre a estrutura geral em alimentação, lazer e música tornando um evento esportivo amplo para toda a família” avaliou a ciclista lamentando a falta de sinalização de direção para os participantes na fase final do percurso que foi no asfalto. Já o ciclista angrense Eric Santos disse que por ser um passeio, deveria haver uma equipe à frente do grupo. “Acho que a organização deveria ter colocado uma equipe do evento na frente segurando o povo pra não dispersar tanto e tomar a aparência de competição. Daí quem quisesse, mesmo assim, se adiantar, tirasse a placa do número de identificação e assumissem seus riscos”, avaliou Eric fazendo referência a alguns participantes que estavam em ritmo de competição.
Antônio Carlos, outro angrense, comentou sobre algumas falhas na hidratação dos participantes e na sinalização. “Tudo muito bom tirando a hidratação que no início não foi suficiente mais depois o pessoal do apoio, que estava circulando pela trilha de motocicleta, supriu as nossas necessidades, e a sinalização no final tudo dentro do normal para o tamanho do evento”, comentou destacando que o visual e trilha do local superaram todas as falhas da organização do evento.