BARRA MANSA
Há cerca de duas semanas, várias moradores do bairro Piteiras estão procurando o posto de saúde com os sintomas da dengue, e, para evitar que a situação se torne de fato um surto da doença, na manhã de hoje, 27, as Secretarias de Meio Ambiente, de Saúde, de Governo, os setores de Endemia e Zoonoses e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), estiveram presentes no bairro. Ficou acertada uma ação emergencial para combater a proliferação e focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Um dos objetivos é conscientizar a população através da panfletagem, pedir para os moradores permitirem que os agentes entrem na casa para combater os possíveis focos de dengue, e, orientá-los a respeito dos cuidados com a água parada. A Vigilância em saúde Ambiental realiza na próxima sexta-feira, 1º de março, às 19 horas, uma palestra na Associação de Moradores. Na oportunidade, será confirmada a continuidade do carro fumacê (UBV) na comunidade.
Se reuniram na praça ao lado da Unidade de Saúde da Família Tancredo Neves, o diretor executivo do Saae, Fanuel Fernando; os secretários de Saúde, Sergio Gomes; de Governo, Vinícius Ramos; de Meio Ambiente, Roberto Beleza; e o sub secretário de Meio Ambiente, Claudio Cruz. Eles fizeram um acompanhamento com os agentes para verificar a situação da comunidade.
Nas últimas semanas houve um aumento significativo nos quadros de suspeita de dengue em Barra Mansa. A equipe do A VOZ DA CIDADE esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e foi informada que por dia estão sendo realizados cerca de 50 atendimentos de suspeita de dengue na unidade. A maior parte dos casos de suspeita da doença é do bairro Piteiras.
OS FOCOS ENTÃO EM CASA
Segundo o secretário de Saúde, Sérgio Gomes, os agentes comunitários de saúde e endemia estão tentando entrar nas casas para verificar se existe foco de dengue, porém sem muito sucesso. “Há uma resistência enorme dos residentes, pois eles não permitem que os agentes entrem. Estamos usando os agentes comunitários de saúde, que já fazem as visitas de rotina e têm facilidade de entrar, e assim os agentes de endemia vão juntos”, disse, afirmando que 90% dos focos de dengue estão dentro das casas.
O coordenador da Vigilância Ambiental, Antônio Marcos Rodrigues, disse que embora ainda não tenha sido constatado, existe a suspeita do surto de dengue no bairro. “Nós estamos aqui para antecipar essa situação. Há duas semanas já estamos fazendo uma mobilização, o carro fumacê já está passando no bairro”, contou.
AUMENTO DE CASOS
O Ministério da Saúde informou nesta semana que o número de casos prováveis de dengue no Brasil, em janeiro deste ano, mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. Até o dia 2 de fevereiro, registrou-se aumento de 149%, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis da doença. Quando verificado a incidência, em 2019, os casos chegam a 26,3 por 100 mil habitantes.