BARRA MANSA
Quase dois meses após a tragédia climática no Rio Grande do Sul, diante das incertezas registradas na época do fenômeno, hoje a situação dos mercados está controlada. O cenário de guerra, registrou ao menos, 146 mortos e afetou mais de dois milhões de pessoas diretamente.
No início da tragédia, o cenário de incertezas, mediante a falta de arroz e outros grãos e alimentos produzidos no estado, levou correria aos supermercados, o que fez a mercadoria evaporar das prateleiras, obrigando os supermercadistas a limitar as compras por clientes.
Segundo o gerente de um supermercado, Iago Marques, a rotina está mais tranquila. “Na época do fenômeno chegamos a vender uma tonelada de arroz em apenas um dia, era uma correria, um tumulto e muitas incertezas, hoje. Hoje os fornecedores estão entregando normalmente, mantemos os preços na média, e ainda temos os dias promocionais, claro, continuamos com as limitações por cliente, para que todos possa comprar, sem faltar para ninguém”, destaca.
Outro gerente Jeferson de Jesus relembra que a produção do Rio Grande do Sul corresponde a 70% de todo volume do grão produzido no país e parte foi perdida em decorrência das enchentes no estado. “Isso gerou medo, e correria as pessoas quiseram estocar o alimento em casa, o que fez alguns supermercados limitarem a venda do produto. Hoje está tudo mais calmo, os preços estão mantendo a média de R$ 30 a R$ 35, além de ter dias promocionais. Os fornecedores, seja de arroz ou de outros produtos, estão entregando em dia, o que nos leva a crer que o pior momento já passou”, cita.
O aposentado Manoel Soares, fala que ele é responsável pelas compras de casa e acompanha de perto os preços. “Teve mercado, que aumentou, sim, cheguei a comprar um pacote por R$ 45 no meu bairro, em compensação, no centro, não teve muita variação, teve a limitação, as agora voltou tudo regular”, analisa.
COMPRA DE ARROZ
O governo federal está em negociação com produtores de arroz em busca de alguma alternativa para reduzir o preço do produto e evitar um novo leilão. No dia 11, o governo anulou leilão após suspeitas de irregularidades. Este seria o primeiro leilão do arroz, o qual houve lance para 263,3 mil toneladas de arroz, de 300 mil toneladas previstas no edital. A decisão foi tomada após as empresas arrematadoras do leilão apresentarem ‘fragilidades’ para realizar a importação do alimento.