BRASÍLIA/BARRA MANSA
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou a alta do faturamento do setor de supermercados. Os dados apontam a crescente de 1,57% em janeiro e fevereiro em comparação com o primeiro bimestre de 2017. O índice de preços da própria Abras, relativo à cesta dos produtos mais consumidos, registrou queda de 1,82% em fevereiro em relação a janeiro. Os 35 itens pesquisados passaram de R$ 451,10 para R$ 442,88. Para este ano, a entidade prevê crescimento de 3% do setor. Ao longo de 2017, os supermercados tiveram uma expansão de 1,25% nas vendas.
Em Barra Mansa, os empresários do setor estão otimistas para o ano. O gerente de uma rede de supermercados, Henrique Bortoloso, confirma as boas vendas do período. “Janeiro e fevereiro registramos um leve aumento em relação ao ano passado. Não é um período muito bom para vendas, por causa dos inúmeros impostos a se pagar, além do carnaval, que muitos viajam. Mas em março, fechamos o mês com 5% de aumento em relação ao ano anterior, a tendência é melhorar cada vez mais. Sinais de que a recessão que se instalou no país há cerca de três anos está diminuindo”, citou.
De acordo com gerente, outro fator ajuda a alavancar as vendas neste ano, a Copa do Mundo. “Tem todo um ritual para assistir aos jogos os setores de açougue, bebidas e petiscos tem uma alta considerável nesta época. São setores que já estão sendo preparados para boas vendas”, destaca.
O período também é confortável para o setor dos pequenos empresários. O proprietário de um mercado de bairro, Claiton Rodrigues, destaca que o começo de ano tem sido bom. “Claro, se começa devagar e vai melhorando aos poucos. Já estamos com índices melhores do que o ano passado e com previsão de melhorias, tanto em novas mercadorias quanto na estrutura da loja”, citou.
Consumidores vão às compras
Apesar das melhorias no setor, o hábito de se fazer as chamadas “compras de mês”, as que duram os 30 dias, está cada vez mais distante. “Não dá para comprar tudo de uma vez. É preciso pesquisar e acompanhar preços, comprar o que realmente está precisando para se economizar alguma coisa”, destaca a pedagoga, Márcia Santos.
O auxiliar de serviços gerais, Sérgio Vieira, cita que também não tem mais o hábito de fazer grandes compras. “Antigamente era receber e ir para o mercado, fazia aquela compra gigante, hoje em dia não dá mais, é preciso acompanhar, pesquisar preços e ficar de olho nas promoções. Gasta-se muita sola de sapato, mas a economia compensa”, falou.