Superávit do Rio continua crescendo e chega a US$ 5,1 bilhões

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SUL FLUMINENSE

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou dados do Boletim Rio Exporta, comentando a movimentação financeira provocada pelas exportações e importações no Estado do Rio de Janeiro. Segundo a Firjan, o Rio de Janeiro exportou US$ 12,2 bilhões e importou US$ 7,1 bilhões, no período entre janeiro e maio deste ano, registrando superávit de US$ 5,1 bilhões. Até abril, o saldo havia sido de US$ 3,3 bilhões.

O saldo positivo foi ocasionado pelo aumento de 23% nas exportações e redução de 2% nas importações, em comparação com o mesmo período de 2018. Assim, o Rio se manteve com 12% de participação no comércio exterior do país – o segundo com maior fluxo internacional entre os estados brasileiros. O Boletim Rio Exporta, aponta ainda que aconteceu uma leve retomada na economia fluminense. Um dos destaques do período é o incremento nas vendas externas em 43% de produtos industrializados e em 19% de produtos básicos.

CRISE NA ARGENTINA

O saldo poderia ter sido maior, não fosse a crise na Argentina, que afetou principalmente as exportações de veículos automotores, reboques e carrocerias. Houve redução de 51% nesse item. O cenário afetou também as importações de peças de automóveis, que caíram 60%. De acordo com Marco Saltini, diretor de Relações Governamentais e Institucionais da MAN Latin America, 70% das vendas externas de veículos do Brasil têm como destino o país vizinho. “Com a queda grande do mercado automotivo argentino, as empresas do setor precisaram reavaliar suas estratégias. Não temos expectativa de que a economia daquele país volte a crescer em curto prazo”, informa.

A MAN Latin America está buscando novos mercados, além da ampliação dos negócios já conquistados, mas encontra dificuldades por conta da baixa competitividade global com outros players, principalmente os asiáticos. “Precisamos ter maior abertura comercial e diminuir o custo Brasil. Em junho, o Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan entregou uma carta ao governo federal contendo reflexões e pontos de atuação do que defendemos como políticas de comércio exterior”, argumenta Saltini.

PARCEIROS COMERCIAIS

O Nafta foi o bloco parceiro mais relevante do período no comércio exclusive petróleo, que teve aumento de 22%, o equivalente a US$ 4 bilhões. O motivo foram as vendas para o mercado norte-americano (US$ 1,8 bilhão), 106% maiores que o mesmo período em 2018. Já nas importações, com incremento das compras da Ásia em 295%, as aquisições fluminenses tiveram avanço de 0,2% desde o início do ano (US$ 6,4 bilhões).

Por sua vez, as vendas de petróleo avançaram 23% (US$ 8,1 bilhões), tendo a China como o principal país de destino (72%). Entretanto, o estado diminuiu suas aquisições de petróleo estrangeiro em 16% (US$ 780 milhões). “No geral, os parceiros do Rio são semelhantes aos mais relevantes nacionalmente. Os EUA se destacam pela compra de nossos produtos semimanufaturados de ferro e aço; enquanto, da China, aumentamos nossas importações de plataformas de perfuração/exploração e de motores, geradores e transformadores elétricos”, aponta Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan.

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