VOLTA REDONDA
A Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) está disponibilizando uma oficina de barbearia para jovens em conflito com a lei, abrigados no Centro de Socioeducação Irmã Asunción de La Gándara Ustara (Cense) do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), em Volta Redonda. A unidade, que fica no Roma I, é onde adolescentes cumprem medidas socioeducativas para serem reinseridos na sociedade.
As oficinas acontecem às sextas-feiras do mês de outubro. A segunda aula será neste dia 15. Os socioeducandos que participam do projeto fazem parte do Programa de Abolição à Ideologia Faccional do Sistema Socioeducativo (PAIFSS).
O Secretário de Ação Comunitária, Munir Francisco, ressaltou a importância de realizar o projeto junto ao Degase.
“Queremos olhar e lutar por toda a juventude de Volta Redonda, incluindo os mais ‘invisibilizados’, como esses jovens que estão no sistema socioeducativo. Por meio do nosso Programa de Inclusão Produtiva é possível dar estímulo e mostrar que eles são capazes de ingressar no mundo do trabalho, longe da criminalidade”, destacou Munir.
Para o diretor operacional do Centro de Socioeducação, Leandro Melo, parcerias como essa, firmada entre a Prefeitura e o Degase, são muito importantes para o trabalho de integração desses jovens em conflito com a lei. “Acreditamos que qualquer indivíduo pode melhorar e superar os erros cometidos no passado. Buscamos fazer com que esses jovens percebam que eles são capazes de dar uma nova direção para as suas vidas, com dignidade. Esta parceria com a Prefeitura de Volta Redonda, através da Smac, é uma oportunidade para que eles vejam a vida de um novo ângulo. Isso sem sombra de dúvidas contribuirá para o crescimento e desenvolvimento dos socioeducandos”, disse o diretor.
Para G.C.S*, de 17 anos, que cumpre medida socioeducativa no Degase, a oficina de barbeiro significa uma oportunidade de aprender uma profissão. “É uma motivação ter essa oportunidade aqui dentro. Ela nos dá esperança e mostra que lá fora também teremos uma nova oportunidade. Eu vejo que ao sair daqui posso buscar formas de ganhar dinheiro, longe do crime. Sempre cortei cabelo dos meus amigos, agora quero me especializar e me tornar profissional”, revelou.
*A identidade do socioeducando foi preservada em respeito ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)
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