NOVA IORQUE/RIO DE JANEIRO
Em dia histórico para o Brasil, o Sítio Roberto Burle Marx, localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi eleito Patrimônio Mundial nesta terça-feira, dia 27. Um comitê da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, aprovou a indicação durante o encontro que acontece em Fuzhou, na China.
De acordo com as informações da Unesco, o sítio Burle Marx é o primeiro jardim tropical moderno a receber o status de Patrimônio Mundial.
O projeto foi desenvolvido há mais de 40 anos pelo paisagista e artista plástico brasileiro, Roberto Burle Marx, que morreu em 1994.
Inspiração Internacional
A proposta de Burle Marx era criar um “trabalho de arte vivo” e um “laboratório paisagístico”, usando plantas nativas e ideias Modernistas. O jardim do artista brasileiro acabou servindo de inspiração para outros locais modernos ao redor do mundo.
A Unesco destaca ainda que o jardim, na cidade do Rio de Janeiro, tem formas “suntuosas, plantas exuberantes, contraste dramático de cores e a incorporação de elementos do folclore tradicional”. No fim da década de 1960, o local chegou a abrigar a coleção mais representativa de plantas brasileiras.
Mais de três mil espécies nativas
São 3,5 mil espécies das floras tropical e subtropical “em harmonia com a vegetação nativa, como manguezais, restinga e elementos da Mata Atlântica”. A diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, declarou que com a decisão do Comitê, fica reconhecida a “dimensão internacional do criador do conceito de jardim tropical moderno”.
O Comitê da Unesco está incluindo, desde sábado, novos locais na lista do Patrimônio Mundial. Entre os recém-eleitos, estão os Sítios Pré-Históricos de Jomon, no Japão; a cidade de Nice, na Riviera Francesa, por seus resorts de inverno; a Igreja de Atlântida, no Uruguai e o Passeio do Prado e os Jardins do Bom Retiro, em Madri, na Espanha.
* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe